A Gazeta do Acre recebeu, nesta semana, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, para um bate papo sobre seu primeiro ano à frente da gestão municipal. Intransigente, para uns, ou determinado, para outros, Bocalom se define com uma “pessoa sensata, que não admite mentiras, maracutaias e coisa errada”. Daí, pra ele, viria essa sua fama de “turrão”. “Eu não sei enganar ninguém, sou verdadeiro. Pode ser que, por isso, me achem turrão. Erro, como todo ser humano, mas, me considero uma pessoa correta e sou feliz como sou”, defende-se.
Durante quase uma hora de conversa, o prefeito não fugiu do debate e comentou, até mesmo, os temas mais delicados que enfrentou, neste início de mandato, como o “câncer”, como ele mesmo diz, que é o transporte coletivo urbano da Capital, e ainda o escândalo envolvendo o agora ex-secretário de saúde Frank Lima, acusado de assédios moral e sexual.
Bocalom falou também sobre as prioridades de sua gestão para o ano de 2022, cujo foco, seguindo o orçamento sancionado para este ano, é nas áreas de Infraestrutura, Educação e Saúde, três dos principais assuntos os quais os riobranquenses mais reclamam e pedem uma atuação mais firme da gestão.
Quanto às críticas sobre suas promessas não cumpridas (segundo levantamento do G1, ele teria cumprido totalmente apenas uma das 49 pessoas promessas de campanha), o prefeito alega que são “mentiras”, e atribui o fato de ele ser um defensor do presidente Jair Bolsonaro ao motivo pelo qual é atacado. “Isso é mentira! É só ver o trabalho que estamos fazendo. Falei que iríamos arrumar a cidade, que iria ficar limpa, e isso pode ser constatado. Falamos que iríamos tapar os buracos, e estão bem tapados. Falamos que iríamos melhorar a saúde, e estamos melhorando. Infelizmente, esse pessoal que fala isso é o mesmo que pega no ‘pé’ do presidente. Eles não vão denegrir minha imagem. Vamos responder tudo isso com muito trabalho”, afirmou.
Bocalom também falou sobre as Eleições 2022, e destacou que não tolera ingratidão. Apesar de demonstrar seu respeito ao atual governador do Acre Gladson Cameli, e destacar que a relação do Executivo municipal com o governo estadual é boa, Bocalom ressaltou que os únicos apoios que pretende dar, pelo menos até agora, é à atual senadora Mailza Gomes, ao senador Sérgio Petecão e ao deputado estadual José Bestene, que o apoiaram, mesmo “quando ninguém queria apoiar o Bocalom”.
“Nunca gostei de ingratidão. Quem foi que me apoiou nessa eleição agora? Foi a senadora Mailza Gomes, o deputado José Bestene e o senador Sérgio Petecão. Então, como é que eu vou deixar de apoiar o Petecão, caso ele concorra ao governo? Não vou enganar as pessoas. Não tenho nada contra o governador, mas ele sabe da minha posição, nunca menti para ele”, disse.
Candidato ao Governo do Acre por três vezes e outras três à prefeitura de Rio Branco, sendo eleito na última, Bocalom diz que já se sente realizado enquanto gestor municipal e não pretende se candidatar ao governo.
“Sinceramente, sendo prefeito de Rio Branco já me realiza muito. Ser prefeito é uma coisa gostosa, trato direto com as pessoas, sendo governo não, que trata com os prefeitos. Me sinto feliz, já fui prefeito de Acrelândia três vezes e me sai bem, graças a Deus. Não serei candidato ao governo. Quero terminar meu mandato, e quem sabe, ser candidato à reeleição. Gosto de ser prefeito, gosto de cuidar das pessoas. Como sempre digo: não estou na política para ganhar dinheiro, mas para ajudar o povo, os que mais precisam. Ajudar o próximo, esse é o meu sacerdócio, isso desde menino”, diz.
Leia os principais pontos da entrevista:
A Gazeta do Acre: Qual avaliação o senhor faz do primeiro ano de mandato? O que deu certo e em que o senhor admite que falhou?
Tião Bocalom – Acho que a nossa gestão, nesse primeiro ano de mandato, foi ótima. O que aconteceu é que muita gente perdeu as ‘tetas’, os que eram acostumados a viver da ‘coisa’ pública de forma fácil. Tenho certeza de uma coisa: sei aonde iremos chegar, sei como chegar e sei quando iremos chegar. Esse foi um ano de aprendizado. Estamos com uma equipe nova. Vimos uma prefeitura com uma equipe que passou vinte anos na gestão municipal e pouco fez por Rio Branco.
Entramos com vontade de trabalhar, com vontade de fazer a coisa certa. Haja vista os trabalhos que já estamos realizando, como a limpeza. Essa cidade nunca esteve tão limpa, como está agora. Tem muita coisa para limpar, tem, mas essa cidade nunca foi tão bem cuidada como agora. Por exemplo, a Zeladoria nunca teve mais de 10 equipes, agora, temos 21 equipes em todos os bairros da capital. O tapa-buraco da mesma forma.
A Emurb nunca teve mais de 8, 10 equipes, hoje temos 20 equipes nas ruas. Todo trabalho que estamos fazendo é bem feito. Antes, tapavam os buracos e, em 30, 60 dias, já estavam abertos novamente, agora não. É claro que, quando fazemos esse serviço completo em um bairro, ainda no primeiro ano de mandato, e ainda não realizamos em outro, nesse primeiro momento, as pessoas ficam chateadas, fazem vídeos reclamando. Mas, podem ter certeza, que iremos realizar o trabalho em todas as regionais de Rio Branco. O dinheiro público está sendo bem gasto na nossa gestão. A prefeitura nunca fez uma economia como estamos fazendo. Em 2021, acredito que economizamos em torno de R$ 240 milhões, o que será gasto em 2022 em toda capital.
A Gazeta do Acre – O que o senhor tem a dizer em relação às críticas pelo não comprimento da maioria das suas promessas de campanha?
TB – Isso é mentira, é só ver o trabalho que estamos fazendo. Falei que iríamos arrumar a cidade, que iria ficar limpa, e isso pode ser constatado. Falamos que iríamos tapa os buracos, e estão bem tapados. Falamos que iríamos melhorar a saúde, e estamos melhorando. Infelizmente, esse pessoal que fala isso, é o mesmo que pega no ‘pé’ do presidente. Eles não vão denegrir minha imagem. Vamos responder tudo isso com muito trabalho.
A Gazeta do Acre – Sobre a relação com a Câmara de Vereadores, o primeiro ano de mandato teve momentos delicados, inclusive com a possibilidade de um pedido de impeachment. O senhor acha que faltou articulação política ou diálogo? Neste próximo semestre, haverá um líder do governo municipal na Câmara de Rio Branco?
TB – O que aconteceu é aquilo que estava prevendo: disse que iríamos quebrar aquele modelo promíscuo que existia, da relação entre a Câmara e a prefeitura. Disse isso antes de ganhar a eleição. Disse aos vereadores: não vou intervir na mesa diretora. Quem for eleito presidente, secretário, será o meu eleito também. Depois, evidentemente, que começaram os trabalhos, e devagar, nossa base foi selecionando um líder para ajudar na nossa gestão, que não foi eu que escolhi, e sim os vereadores. Isso aconteceu após o pedido de impeachment, que foi protocolado, e vimos que só dois ou três foram a favor da minha saída da prefeitura. Naquele momento, não falei com nenhum vereador, porque acho que não é justo você interferir, pois temos a independência dos poderes. Graças a Deus que nossa base já está formada, uma base com autonomia. Quando eu estiver errado, que me critiquem, para que possa me consertar. Meu líder é o vereador Raimundo Castro. O que vejo é que estamos quebrando paradigmas, e, quando isso ocorre, você bate de frente com alguns interesses. Quero os vereadores como fiscais, de cabeça erguida, assim faremos uma gestão mais transparente, mais honesta, acertando muito mais.
A Gazeta do Acre – Ainda sobre sobre os momentos delicados do primeiro ano, o senhor se arrepende de ter defendido o ex-secretário Frank Lima, quando surgiram as primeiras denúncias de assédio? Ainda acredita na inocência dele?
TB – Não quero discutir muito isso. Fizemos o que tínhamos que fazer. Espero a apuração do Ministério Público. O Frank Lima foi um grande guerreiro, quando ninguém quis ficar ao meu lado, ele me deu todo apoio. Em 1998, muita gente não queria ficar ao lado do Bocalom, mas ele sempre esteve junto. Nos outros anos, Frank sempre esteve comigo. Considero ele um excelente profissional, que realizou um belo trabalho na gestão da Saúde. Eles está tendo a oportunidade de se defender dessas acusações. Ele que pediu para se afastar da secretaria para que tudo fosse apurado. Nunca vou deixar de dizer que o Frank é um grande guerreiro e amigo.
A Gazeta do Acre – Há mudanças previstas na sua equipe nos próximos meses?
TB – Por enquanto, não haverá mudança no meu secretariado. Considero que todo mundo trabalhou, e está trabalhando. Estão fazendo o melhor que podem. Tivemos alguns erros, tivemos, mas estamos consertando. Não tem previsão de retirar nenhum dos secretários, mas, se precisar, evidentemente, que não vou dar dois tempos, e faço a mudança.
A Gazeta do Acre – “Se não roubar, o dinheiro dá”, essa é uma das frases que o senhor costuma defender em suas campanhas e entrevistas. O senhor também se orgulha de ter juntado um bom dinheiro em caixa, neste primeiro ano de mandato. O que vai dar pra fazer neste segundo ano? Quais serão suas prioridades?
TB – Sempre falei essa expressão: “se não roubar, o dinheiro dá”. Essa economia que fizemos, parte dela é do dinheiro que saia pelo ‘ralo’, vamos ser honestos. Todos os munícipios ganharam um pouco mais de dinheiro do Governo Federal esse ano, mas a outra parte é de responsabilidade do nosso projeto de governo. Ninguém está aqui para ganhar dinheiro. Todos que trabalham comigo estão para servir à população. Algumas licitações, como para comprar medicamentos para os postos, era de R$ 33 milhões, isso de acordo com a equipe antiga que gerenciava a Saúde. Por quanto compramos? Por R$ 13 milhões, ou seja, uma economia de R$ 20 milhões. Então, veja que a nossa equipe está de cabeça para evitar o desperdício de dinheiro público.
Precisamos mudar o modelo de desenvolvimento do Estado, pelo menos em Rio Branco vamos mudar, principalmente baseado no setor produtivo primário. No momento que você tem matéria-prima, tem indústria, se não tem, como vai fazer? Vamos comer o arroz do Rio Grande do Sul, ou do Acre, eu quero comer o daqui. São 90 mil quilos de arroz consumidos, todos os dias, em Rio Branco, isso em dinheiro dá R$ 450 mil por dia, no ano dá mais de R$ 5 milhões. Boa parte desse dinheiro vai embora para outros estados, cerca de 95%. Gerando emprego lá fora, o que sempre combati e falei. São mais de R$ 500 milhões que poderiam ficar aqui, com a produção de arroz, feijão, milho, sendo realizada no Acre. Imagina quantas pessoas podem ser empregadas! Gerando novas oportunidades de trabalho, as pessoas não precisam se envolver com a criminalidade, por exemplo.
A Gazeta do Acre – Uma das pautas mais discutidas no ano passado foi o transporte coletivo. Qual é hoje a real situação das empresas e que soluções a prefeitura tem adotado de forma prática pra resolver a situação e diminuir os transtornos para a população?
TB – O transporte coletivo de Rio Branco é um câncer. Infelizmente, os gestores anteriores deixaram correr solto. Temos um levantamento do RBTrans de que as empresas que estão circulando na capital já eram para terem sido mandadas embora, quando foram renovar o contrato, mas o prefeito anterior não fez uma nova licitação, deixando essas empresas. Os ônibus têm 10 anos, em média, de uso, e só podia ter cinco anos. Então, a culpa não é minha, esse problema vem lá de trás. Só que nunca nenhum prefeito encarou essas empresas como estou fazendo. Vou tirar a primeira empresa agora, só está dependendo de uma outra empresa para substituir. Se não tiver outra empresa, como tiro a que está circulando? Não tem jeito. O caos será pior. Não tem veículos com ar-condicionado, o que queremos, pelo menos na metade da linhas, além de ônibus novos, que atenda nos horários certos e que trate com dignidade os cadeirantes. A população sofre com o transporte público de Rio Branco. Até o final do ano, queremos comprar, pelo menos, 10 ônibus elétricos para colocar no sistema, pois também estamos preocupados com os gases poluentes.
A Gazeta do Acre – As áreas de Urbanismo, Educação e Saúde, como esperado, são as que detém maior recurso neste ano. O que a população pode esperar como resultados nestes setores?
TB – Sobre a Educação, vamos ser honestos, levaram 30 anos para abrir cinco mil vagas em creches, e, assim mesmo, não tem vaga para crianças de 0 a 2 anos. Fiquei muito triste quando soube disso, porque, lá em Acrelândia, quando fui prefeito, desde 1993 que implantei vagas para crianças de 0 a 6 anos nas creches. Quero ver vagas nas creches de Rio Branco. Vamos reformar alguns creches para começar a abrir essas vagas, além de construir mais oito creches, abrindo mais de 2,5 mil vagas. Vamos melhorar muito a educação no munícipio, tanto na zona urbana, como na rural, como uma escola rural centralizada, no Polo Moreno Maia, que atenderá alunos do Ensino Fundamental ao Médio, além de um posto de saúde na unidade escolar, uma parceira com o governo do Estado.
Vamos cobrir 100% do Programa Saúde da Família até o final de 2023. Para isso, teremos que construir 10 unidades básicas de Saúde, que atualmente tem 58. Esse programa é de prevenção, com agentes comunitários indo às casas, orientando, levando medicamentos e marcando consultas, ou seja, cuidando das pessoas. Medicamentos, se Deus quiser, não irão mais faltar. Já falei para a secretária: tem dinheiro, então não pode faltar. O programa com os dentistas também será efetivado novamente, que ficou parado por conta da pandemia da covid-19, assim como os atendimentos em outras áreas da saúde.
Sobre infraestrutura, é aquilo que falei: vamos começar a construir. Por exemplo, vamos fazer obras grandes, como o primeiro viaduto de Rio Branco, próximo à rotatória da AABB, além de um pequeno viaduto próximo à Uninorte, que ajudará a diminuir o engarrafamento na cidade. Para o grande viaduto, o convênio já está assinado para a liberação do recurso. O senador Márcio Bittar angariou recurso de R$ 25 milhões. O pequeno viaduto é com recursos da prefeitura, que será de R$ 7 milhões. Fora isso, estamos fazendo uma parceria com a Federação do Comércio para calçar, pelo menos, 30 quilômetros de ruas com tijolinho, porque gera mais emprego aqui, ao invés de comprar asfalto, brita de fora.
Também construiremos 200 apartamentos para tirar as pessoas da beira do rio, um investimento em torno de R$ 20 milhões. Só que não vamos levar essas famílias para longe, como aconteceu no bairro Cidade do Povo. Elas serão levadas para áreas mais centrais da cidade.
Também reformaremos o Terminal Urbano, que está muito feio. Já temos dinheiro na conta para reformar aquele local. Faremos uma obra bonita, para que as pessoas possam visitar, também para os turistas que visitarem nossa cidade. Outra coisa é o Mercado Elias Mansour, já temos recursos garantidos para fazer a reforma. Derrubaremos aquela estrutura e construiremos um novo mercado, com dois andares. Porém, para fazer isso, temos que colocar os comerciantes em outro local. Por esse motivo, construiremos um edifício garagem de três andares. O grande problema daquela região é que não tem estacionamento. Faremos esse espaço atrás do Mercado Aziz Abucater.
A Gazeta do Acre – Uma das principais queixas dos produtores rurais é a dificuldade no escoamento da produção, em virtude da má qualidade dos ramais. A prefeitura está atenta a isso?
TB – Fizemos, aproximadamente, 80% dos ramais. Quem diz que pouco está sendo feito só quer criticar. Nunca um prefeito de Rio Branco assumiu os ramais, como assumimos. Os nossos equipamentos que tínhamos eram poucos, mas conseguimos fazer quase 800 quilômetros, somente a gestão municipal, o Deracre fez mais 400 quilômetros. Em alguns ramais, fazia mais de 30 anos que não passava uma máquina. Colocamos bueiros, fizemos pontes. Vamos melhorar ainda mais esses ramais. Ao final dos quatro anos do meu mandato, os produtores irão rodar nos ramais de inverno a verão.
Este ano, tanto a recuperação de ruas como de ramais será bem maior, com a aquisição de 88 máquinas vindas de emendas dos nossos parlamentares. Em 2021, fizemos em torno de 773 ruas, este ano, queremos dobrar esse número, pois a capital tem em torno de três mil ruas. Já foram realizadas muitas obras na cidade. Estamos pegando problemas antigos, de muitos anos. Vamos trabalhar com dinheiro nosso, com o nosso orçamento, e as coisas irão caminhar da melhor maneira.
A Gazeta do Acre – Como fica o abastecimento de água a partir de agora?
TB – Nosso desafio é fazer com que a água abasteça Rio Branco, 24 horas nas torneiras, isso até o final do meu mandato. Assumimos a pasta no dia 1º de janeiro deste ano, mas é mais é uma gestão compartilhada: governo do Estado, por meio do Depasa e prefeitura. Juntos, estamos tocando o projeto. A prefeitura é que vai colocar o dinheiro agora. Funcionários que a prefeitura pegou no Depasa e que vai bancar os seus salários. Agora, qual é o projeto bom que quero dizer: sempre falei que, no Segundo Distrito, tem água mineral, se tem água mineral, tem água boa! Então vamos começar com esse projeto já este ano. Penso que, até o final de 2023, o Segundo Distrito será todo abastecido com água de poço. O governo está colocando a nossa disposição uma área de sete hectares naquela região, para que possamos perfurar poços, para saber quando de água vai dar ali. Ou seja, se der certo, a água do Rio Acre abastecerá somente o primeiro distrito, começando a sobrar mais água. Também queremos combater o desperdício, que é o grande problema que enfrentamos. Também cobraremos as contas, porque tem muitas empresas e domicílios que não pagam conta de água, que tem um valor muito baixo.
A Gazeta do Acre – Como o senhor avalia a relação do Executivo municipal com o Governo do Estado?
TB – Nossa relação está muito boa. Desde o primeiro dia que ganhamos a eleição, apesar do Gladson Cameli não ter me apoiado, ele já me telefonou e me parabenizou por ter sido eleito. A eleição passou, temos que fazer uma política de desenvolvimento, de melhoria da vida do nosso povo. E é assim que estamos fazendo. Temos feito uma tabela muito boa. Não posso reclamar, de jeito nenhum.
A Gazeta do Acre – O senhor já sabe quem pretende apoiar para o governo estadual nas eleições 2022? O apoio à reeleição do presidente Bolsonaro será mantido?
TB – Olha, vou falar uma coisa: nunca gostei de ingratidão. Quem foi que me apoiou nessa eleição agora? Foi a senadora Mailza Gomes, o deputado Bestene e o senador Sérgio Petecão. Então, como é que eu vou deixar de apoiar o Petecão, caso ele concorra ao governo? Não vou enganar as pessoas. Não tenho nada contra o governador, mas ele sabe da minha posição, nunca menti para ele. Apóio também a reeleição do Bolsonaro. Para mim, ele foi o homem que moralizou esse país. No governo do Bolsonaro não tem nenhum caso de corrupção, como tinha nos outros governos.
A Gazeta do Acre – O senhor foi por três vezes candidato ao governo do Estado e três vezes candidato a prefeito de Rio Branco, sendo eleito nesta última. Enfim, era o que o senhor esperava? Ainda tem o sonho de disputar o Executivo estadual?
TB – Sinceramente, sendo prefeito de Rio Branco já me realiza muito. Ser prefeito é uma coisa gostosa, trato direto com as pessoas, sendo governo não, que trata com os prefeitos. Me sinto feliz, já fui prefeito de Acrelândia três vezes e me sai bem, graças a Deus. Não serei candidato ao governo. Quero terminar meu mandato, e, quem sabe, ser candidato à reeleição. Gosto de ser prefeito, gosto de cuidar das pessoas. Como sempre digo: não estou na política para ganhar dinheiro, mas para ajudar o povo, os que mais precisam. Ajudar o próximo, esse é o meu sacerdócio, isso desde menino.
Assista o vídeo na íntegra: