Após dois dias de suspensão, os ônibus da empresa Auto Viação Floresta voltaram a operar na capital acreana. Como anunciado na segunda-feira, 17, pelo prefeito Tião Bocalom, a gestão municipal assumiu, temporariamente, o transporte público, por meio de uma intervenção parcial do sistema, garantido pelo Justiça.
A dona de casa Luciene Alves da Rocha desabafou sobre a situação e disse que sempre é o mesmo “tormento” quando vai utilizar os coletivos e que, por enquanto, nada mudou.
“É muito complicado para quem precisa utilizar o transporte público. Moro no bairro Boa União, e o ônibus demora até três horas para passar na parada. Disseram que iria melhorar essa questão do transporte com o pagamento que foi feito pela prefeitura ao empresários, porém tudo continua do mesmo jeito”.
O aposentado Sebastião Dantas disse que sempre foi usuário do transporte público e que não vê mais solução para o problema.
“Entra ano e sai ano, e nada é resolvido, tudo continua do mesmo jeito, a população padecendo, e os donos dessas empresas ficando cada vez mais ricos. Isso tudo é uma pouca vergonha. Não vejo mais solução para esse caos no transporte. A corda só quebra para o lado mais fraco. Só temos que esperar em Deus para que haja uma solução”.
O presidente do Sindicato dos Urbanitários, Marcelo Jucá, que também é representante do Fórum dos Movimentos Sociais do Acre, ressaltou que o povo está insatisfeito com o serviço que está sendo prestado, e denunciou o que estão fazendo com os trabalhadores do transporte coletivo.
” Viemos aqui denunciar o que estão fazendo com os trabalhadores, tanto por parte das empresas, como também da prefeitura, que aceita tudo isso. Pedimos medidas urgentes para resolver esse impasse. Os trabalhadores estão recebendo diárias de pouco mais de R$ 100 para dirigir os ônibus, isso é uma pouca vergonha. Tem que ter realmente um serviço de qualidade, já não dá mais para viver de promessas”, salientou o sindicalista.