No dia 2 de outubro, os acreanos mais uma vez vão às urnas para escolher o presidente da República, o governador do Estado, um senador, oito deputados federais e 24 deputados estaduais. As articulações em torno de alianças e definições de nomes iniciaram ainda em 2021.
No cargo desde o dia primeiro de janeiro de 2019, depois de vencer as eleições no primeiro turno, derrotando Marcus Alexandre, candidato do grupo que governava o Acre há 20 anos, o atual governador Gladson Cameli – Progressistas, enfrenta dificuldades para formar uma aliança para sua reeleição, com o mesmo grupo que o ajudou a vencer as eleições de 2018.
O senador Sérgio Petecão – PSD, que estava ao lado de Cameli em 2018, já anunciou que vai disputar o governo do Estado. O MDB, que também esteve no mesmo palanque do atual governador nas eleições passadas, estuda uma candidatura própria ao governo, mas já apresentou o nome da deputada federal Jéssica Sales, para disputar a vaga ao Senado.
E é justamente essa vaga que tem tirado o sono do governador Gladson Cameli. Além de Jéssica Sales, a atual senadora, Mailza Gomes – Progressistas; os deputados federais Alan Rick – DEM e Vanda Milani – Solidariedade, além de Márcia Bittar, ex-esposa do senador Márcio Bittar, também aliado de Cameli, já anunciaram que vão disputar a vaga única para o Senado.
Mas os problemas de Gladson Cameli não encerram ai. Para garantir a unidade de partidos em torno de sua reeleição, ele ainda precisa definir o nome do vice. É que Major Rocha, que ocupa a função atualmente, virou uma espécie de “inimigo político’ do governador.
O nome preferido de Gladson Cameli para vice é do atual secretário de Governo e seu amigo particular, Alysson Bestene. Acontece que os partidos cobram um gesto para compor a aliança pela reeleição. Nenhum dos cinco nomes que manifestaram interesse em disputar a vaga do Senado deu sinal que pode abrir mão.
Resta a Cameli negociar a vaga de vice. Mas, ele mesmo já declarou que essa escolha será dele. Com isso, sem espaço na chapa majoritária, aliados políticos que ajudaram na eleição de 2018, jogam pesado para continuar na aliança. Alguns, inclusive, já declararam que podem estar do outro lado, com candidaturas próprias ao governo.