A Assembleia Legislativa pode ter umas das maiores mudanças para a legislatura de 2023. Além das vagas que devem ser abertas na Casa, com parlamentares disputando outros cargos ou desistindo da política, as dificuldades dos partidos em montar uma chapa, podem deixar pelo menos outros 10 deputados fora da Aleac no próximo ano.
Os deputados Roberto Duarte, Jonas Lima e Jenilson Leite não devem disputar a reeleição. Duarte deve tentar uma cadeira na Câmara Federal. Jonas revelou que está se aposentando da política. E Jenilson colocou seu nome à disposição de seu partido, o PSB, para disputar o governo do Estado.
Com isso, três das 24 vagas estão disponíveis para aqueles que sonham com um mandato de deputado estadual. Mas, a mudança pode ser bem maior. É que, com as novas regras eleitorais, partidos como o PCdoB, por exemplo, que só tem um deputado estadual e não tem em seus quadros nomes para a disputa, podem desaparecer definitivamente.
As novas regras eleitorais, principalmente no que diz respeito à distribuição das “sobras”, que favoreciam candidatos que disputavam pelos partidos nanicos, mudaram o cenário e, quem se elegeu contando com o apoio da legenda, terá dificuldades em conseguir a reeleição.
Para as eleições de 2022, antes de escolher um partido, o candidato deve ficar atento para mudanças como o fim das coligações nas eleições proporcionais, que podem ser substituídas pelo modelo de federação de partidos, além do aumento do percentual referente à cláusula de desempenho e da criação dos limites mínimos de votos para concorrer às chamadas “sobras”.
O PC do B do Acre, que elegeu dois deputados estaduais em 2018, graças a aliança com o PT, perdeu Jenilson Leite, que foi eleito com mais de 8,2 mil votos, tem como salvação a federação. Caso contrário, o partido que já foi um dos mais importantes do Acre, pode ficar sem nenhum representante na Aleac e na Câmara Federal.
O mesmo exemplo serve para outros partidos considerados nanicos. Com as novas regras eleitorais, partidos que conseguirem montar uma chapa com candidatos com capacidade de boa votação, terão mais chances de eleger deputados.
Com isso, a expectativa é que pelo menos 15 novos nomes sejam eleitos para a próxima legislatura da Aleac.