Foi aprovado na tarde desta quinta-feira, 20, na Câmara Municipal de Rio Branco, por 10 votos a favor e 4 contra, o Projeto de Lei complementar que propõe uma Reforma Administrativa na prefeitura da capital. A proposta, apresentada pelo prefeito Tião Bocalom, visa a criação de 150 cargos comissionados e de novas secretarias, com um acréscimo de R$ 15,6 milhões nos gastos da máquina pública do município.
Antes da sessão, representantes de movimentos sindicais ligados as áreas da Educação, Saúde, do Sindicato dos Urbanitários e entidades de classe, protestam contra o Projeto em frente a Câmara Municipal. Mesmo com alterações no texto original, feitas pela Procuradoria do parlamento, com aval das Comissões de Constituição e Justiça e a de Orçamento e Finança antes de ser votada, a proposta foi aceita pela maioria dos vereadores.
O líder do prefeito na Câmara, vereador Raimundo Castro (PSDB), disse que a aprovação da Reforma é importante para o desenvolvimento do município. ” A maioria dos meus pares votaram pelo desenvolvimento, pela geração de emprego. Essa reforma como escrita na Lei, reestruturar o gerenciamento do trabalho realizado pela prefeitura. Temos uma Reforma que é necessária”.
Opinião compartilhada pelo vereador Rutênio Sá (PP), disse que é impossível gerenciar uma máquina que está crescendo sem investimento. “Temos 80 milhões em obras só na Seinfra. A prefeitura não é a mesma de anos atrás. Rio Branco cresceu e precisamos de mão de obra qualificada. Não quero ser um mensageiro para dizer que está tudo ruim. Repúdio o discurso eleitoreiro, do quanto pior, melhor. Votei a favor da Reforma. Temos que alavancar a gestão para que a cidade consiga se desenvolver”.
Emerson Jarude (MDB) que votou contra, disse que o Projeto de Lei não vai mudar a vida da população rio-branquense.
“Em janeiro de 2014 perdi uma das pessoas mais importantes da minha vida, minha avó. Ela foi encaminhada ao Pronto Socorro, mas não tinha nenhum quarto na UTI. Entendi que os políticos daquela época preferiram reformas administrativas, que viraram cargos e interesses próprios. Hoje, estou na condição de escolher diferente dos políticos daquela época. Estamos enfrentado dificuldades em diversas áreas, como na Saúde, Educação, Segurança e na Infraestrutura de Rio Branco. Esse projeto é uma imoralidade. Querendo gastar mais de R$ 15 milhões com cargo comissionados. Esperávamos que você fizesse diferente, Bocalom, mas está fazendo mais do mesmo. E momento de fazer diferente. Temos que lutar pelo povo. Possamos trazer a esperança da população, de fazer diferente. Tem que ter coragem para enfrentar o sistema que está posto, e ser a favor da população. Por esse motivo, votei contra”.
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