Olá, devanetes, tudo bem? Como estamos nesse começo de ano? Esta devanete que vos fala estava de férias, devaneando por aí, e retornou cheia de expectativas, alma renovada e coragem para buscar objetivos.
O ano começa como todo ano, trazendo boas novas, desafios, notícias ruins e muito desastre de ordem natural e social. O fato é que, quando amadurecemos, e olhamos a entrada de todo ano, perdemos as expectativas mágicas de mudanças plenas e encaramos somente como a passagem de mais um ciclo, uma nova folhinha no calendário anual gregoriano, que foi criado pelo papa Gregório XIII, no ano de 1582 (aliás, sugiro fazer uma pesquisa da contagem do tempo através das civilizações. É rico e nos proporciona uma visão mais sistêmica da relação tempo-espaço).
Pois bem, embora todos nós já tenhamos entrado no ano sendo abençoados por Mercúrio retrógrado, mudança do eixo da inclinação da terra, energia magnética dos Portais 02/02/2022, 22/02/2022 (número 2 considerado pelos místicos como o número que desperta abundância em relação às Casas Astrológicas ou qualquer outra data), ciclo lunar, posição dos astros que desperte a chuva energética que estamos todos passando… A real é que estamos começando, guerreiramente, o ano ainda com uma pandemia vigente, variáveis de cepas surgindo, enfim… Reflexiva convicta e assumida que sou, fico pensando até no tanto de criatividade que esses cientistas tem que ter para classificar, nominar e declarar as novas variantes do SARS-COV-2. Brincadeirinhas à parte, só pra descontrair… A verdade é que permanecemos todos vivendo dias de angústias, incertezas, ansiedades, tristezas, e a passagem para um novo ano, ainda que na fantasia popular imaginária, desperta um sopro de esperança e renovação.
Então, depois de uns bons e abençoados dias de férias, retorno a minha casa, meu lar, com um sentimento muito positivo, que me ensejou uma reflexão que compartilho com vocês, queridos leitores. A pergunta é: quando vocês pensam em voltar pra casa, quando terminam suas férias, vocês voltam felizes pra sua rotina cotidiana?
Essa foi a questão que surgiu, quando o avião tocou o solo acreano. Como que num lampejo de borbulhantes devaneios, ocorreu-me o quanto eu estava feliz de voltar para casa, meu trabalho, meus projetos, minhas conquistas, meus desafios e, principalmente, para a paz recôndita do meu lar. Neste momento, como diz minha grande amiga Nay Menezes: “cada instante de você vale muito”. E, nesse instante, tive uma sensação maravilhosa de FELICIDADE.
E que tipo de felicidade? Nas minhas crenças, está presente a ideia de que, muito além do sentimento de plenitude que a palavra pressupõe, e que todos querem tanto viver, trata-se de uma grande oportunidade para, em pontuais e determinados momentos, senti-la, na alegria (e na lucidez) de saber que a vida a usa também como uma espécie de sirene: quanto menos vivemos instantes de felicidade, mais temos que buscar compreender o que há de errado, de “falta” para não a sentirmos.
Então, a divagação concentrou-se na minha observação da “ansiedade feliz” que eu estava sentindo por retomar o meu precioso cotidiano. E passei a refletir se aquele era um sentimento comum da maioria das pessoas ou se, ao contrário, quando retornavam aos seus dias de rotina, por vezes cansativa, pois assim é a vida, elas vinham frustradas e desmotivadas para viver esse novo ciclo.
E a partir da frase de Dalai Lama: “A felicidade não é algo pronto. Ela é feita das suas próprias ações”, fiquei imaginando o quanto de esforço pessoal nos é exigido para construirmos momentos de êxtase pela nossa própria vida. Vejam bem o que estou dizendo: felicidade de viver a nossa vida, tal qual ela é, e não um conto de fadas ou umas férias de verão. E você? É feliz vivendo a sua própria vida?
Que possamos construir uma vida legal para se viver…