Certa vez em uma roda de empresários, a reclamação era unânime: “eu preciso de uma pessoa para fazer tal função, mas não encontro em nenhum lugar, falta mão de obra no Acre!”
Os outros ao redor não só concordaram como sinalizaram que até recebem currículos, mas nunca um que preencha a vaga.
Engraçado ouvir aquilo, pois, mais cedo me deparei com um cenário diferente.
Naquela mesma manhã, três pessoas, já haviam comentado: “Dra. Eu já deixei meu currículo em vários lugares, mas eu não consigo emprego! Não tem trabalho.”.
Neste momento eu pensei, nossa! Essa conta não fecha.
Se há tanta gente precisando de emprego, e empresa precisando de mão de obra, o que falta?
Se a geração millenial (adultos com idade entre 25-35 anos) é de longe a mais qualificada da história, por que ela é também a pior remunerada dos últimos tempos?
A verdade é que no mundo tecnológico e acelerado em que vivemos, uma boa graduação e/ou especialização não são suficientes para fechar o contrato de trabalho, uma vez que, algumas funções, podem ser substituídas por máquinas.
Desta maneira, é interessante que os profissionais desenvolvam um perfil que atraia os empregadores. Nesse sentido, o segredo da vez é desenvolver habilidades comportamentais — e não só técnicas.
Essas habilidades são conhecidas como soft skills, que nada mais são do que a capacidade de liderança; empatia; criatividade; inteligência emocional; capacidade de persuasão; paciência; flexibilidade; capacidade de comunicação; e resiliência.
Tais habilidades são muito mais difíceis de serem encontradas nos profissionais, pois as soft skills não podem ser adquiridas tão rapidamente como o conhecimento de um livro, seu desenvolvimento leva tempo; além de ser um aprendizado constante.
Em um cenário de crise, é comum que as organizações busquem profissionais que tenham o domínio das relações interpessoais, ou seja, que sejam capazes de lidar com as adversidades dos relacionamentos laborais que se apresentam no dia a dia.
Sabemos que o mercado de trabalho mudou, as funções de tornaram muito mais sobre relações de consumo do que obtenção do “produto final”. Assim, é importante reconhecer suas soft skills, inclusive revendo quais são as suas qualidades e no que você poderia melhorar, realizando cursos e treinamentos que possam te colocar a prova e estimulem o desenvolvimento de suas habilidades.
As soft skills, chegaram para ficar, você já treinou as suas hoje?
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