O jornalista e cineasta Arnaldo Jabor morreu nesta terça-feira (15), aos 81 anos, em São Paulo. Segundo a família, a causa do óbito foram as complicações decorrentes de um acidente vascular cerebral (AVC), o mesmo problema que acometeu a atriz Noemi Gerbelli, em dezembro, o ator Tom Veiga, o intérprete de Louro José, e o pai de Angélica, Francisco Ksyvicks, que se recuperou.
Ainda de acordo com os familiares, Arnaldo morreu por volta da meia-noite. Ele ficou dois meses internado no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, por conta do AVC. Jabour deu entrada na clínica no dia 16 de dezembro. Duas semanas depois, chegou a deixar a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). A família ainda não divulgou informações sobre o velório e o enterro.
A CARREIRA DE ARNALDO JABOR
Arnaldo é um dos principais destaques da segunda fase de um movimento chamado Cinema Novo, cuja principal característica é a crítica política e social. Formado como cineasta nos anos 1960, atuou como técnico de som e crítico, até se tornar um diretor renomeado. Na filmografia, constam 10 obras, entre filmes, curtas e documentários.
A obra mais conceituada de Jabor foi o filme “Eu Sei Que Vou Te Amar”, de 1986, dirigido e roteirizado por ele. O longa foi indicado à Palma de Ouro e rendeu para Fernanda Torres o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes.
Nos anos 1990, Arnaldo estreia como cronista e passa a tecer comentários sobre arte, política e sociedade para jornais famosos e para programas de televisão, como “Jornal da Globo”, “Bom Dia Brasil” e “Fantástico”.
Arnaldo Jabor deixa três filhos, Carolina, Juliana e João Pedro, e uma neta, Alice.