Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Laudo confirma que bebê de um mês morreu ao se engasgar com leite materno, em Acrelândia

A Polícia Civil confirmou, por meio de laudo do Instituto Médico Legal do Acre (IML), que a bebê de apenas um mês de vida que deu entrada já sem vida no hospital em Acrelândia, morreu engasgada com leite materno. O caso era investigado pela Polícia Civil em Acrelândia, no interior do Acre, desde o dia 15 de fevereiro.

O resultado confirma o que foi apontado no atestado de óbito da criança, que indicava como causa da morte asfixia e broncoaspiração, ou seja, a entrada de substâncias estranhas, tais como alimentos e saliva na via respiratória.

Como se tratava de uma suspeita de morte violenta, ou seja, não natural, a Polícia Civil iniciou a apuração dos fatos, e o delegado responsável pelo caso, Dione dos Anjos, deve concluir o inquérito nos próximos dias. A mãe pode ser indicada por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Relembre o caso

Laudo confirma que bebê de um mês morreu ao se engasgar com leite materno, em Acrelândia
Mãe disse que dormiu em cima da criança enquanto amamentava, no sofá de casa (Foto: Cedida)

O caso veio à tona na terça-feira, 15, depois que os pais da criança procuraram atendimento médico, mas a criança já chegou à unidade de Saúde sem vida.

Conforme a polícia, o médico de plantão acionou a autoridade policial, após perceber que a menina tinha sinais de violência, como manchas no corpo e sangramento no nariz. A criança e a família são da zona rural do município e, conforme apurado pela reportagem, a avó e os pais da menina foram ouvidos e liberados em seguida.

“O médico observou que o bebê apresentava alguns hematomas, algumas manchas e colações sanguíneas pelo corpo. Imediatamente contatou a autoridade policial e chegando lá, vimos aquela situação muito triste. A criança sangrava pelo nariz e tinha manchas pelo corpo [sinais] típicos de morte violenta. Acionamos o IML e como se tratava de morte violenta, solicitei que conduzisse os pais até a delegacia para apurar os fatos”, explicou o delegado responsável, Dione Lucas dos Anjos à época.

Eles negaram que a criança tenha sofrido maus-tratos e alegaram que a mãe pode ter sufocado, acidentalmente, a filha quando adormeceu, durante a amamentação. Ao perceber que a menina não reagia, os pais foram para o hospital, em busca de socorro, mas a criança já estava morta.

“Tudo indica que foi uma tragédia muito grande. A mãe enquanto dormia, estava cansada, porque havia escovado a casa toda. Foi amamentar a bebê e enquanto dormia, acabou sufocando a criança no sofá, deitou em cima da criança”, concluiu na época em que o caso aconteceu.

Sair da versão mobile