Exibindo sua bandana cáqui, a cadelinha apelidada de Mucurinha está fazendo sucesso na internet. Ela foi adotada em outubro de 2021 pelos policiais do II Batalhão da Polícia Militar do Acre e desde então, se tornou a nova mascote da equipe.
Segundo os militares, a cadelinha chegou ao local esquéletica, debilitada e até hostil, e demonstrava a todo momento ter medo das pessoas, possivelmente por ter sofrido maus tratos. Mas cinco meses depois, sendo cuidada pelos militares, a mascote já não parece a mesma.
Hoje, ela já demonstra alegria ao passar o dia no batalhão. “Basicamente todo o BPM abraçou a adoção. Normalmente cotizamos para comprar a ração, medicação e também estamos fazendo a cota para a castração” explica o subtenente Marcelo Moraes, um dos militares que virou “pai adotivo” da cachorrinha.
Com todo esse cuidado, a Mucurinha não quer saber de outro lugar para morar. Ao lado de seus “colegas de farda”, está sempre bem alinhada para compor e reforçar a segurança na guarda do quartel, que agora também é o seu lar.
“Mucurinha”
O nome pode soar estranho para aqueles que não são da região amazônica, mas Mucurinha é o diminutivo de “Mucura”, como é conhecido na região o animal que na verdade é uma espécie de gambá.
O nome originário vem do Tupi-guarani wa-ambá, que significa “mama oca” ou “seio oco”. Isso porque são marsupiais, ou seja, possuem o marsúpio, uma espécie de bolsa onde os filhotes ficam alojados e se alimentam até o final de seu desenvolvimento.
As características da Mucurinha debilitada, quando chegou ao batalhão, foi o que motivou o apelido que acabou se tornando o nomde batismo da mascote.
“Quando ela chegou por lá, era tão magrinha, suja, e fedida, que parecia uma mucura, aí todos começaram a chamá-la assim. Hoje está linda, bem cuidada e cheirosa, porém o nome permaneceu, pois ela atende por esse nome”, conta o subtenente Marcelo Moraes.