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Governo poderia ter alertado com antecedência população do Jordão sobre inundação, diz Leo de Brito

(Foto: Pedro Devani/Secom)

Léo de Brito disse que irá acionar o Ministério Público (Foto: Assessoria)

“Nenhuma alagação no Acre pode acontecer de surpresa. Infelizmente, o governo de Gladson Cameli foi omisso com a população do município de Jordão que teve 70% de sua área inundada nesta semana”, denunciou o deputado federal Leo de Brito durante discurso na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 23.

O parlamentar explica que sua denuncia se baseia no fato de que, desde 2013, quando Tião Viana era governador do Estado, o Acre dispõe dos serviços do Centro Integrado de Gestão e Monitoramento Ambiental (CIGMA) que conta com 32 pontos de aferição de dados, justamente para evitar que desastres ambientais ocorram de maneira inesperada.

“Falam que a enchente registrada no Jordão chegou de surpresa. Mas ficou claro que isso poderia ter sido evitado. Nós estamos acompanhando a situação da enchente e pós-enchente, cobrando ações das autoridades para atender a população. Vimos imagens lamentáveis de indígenas catando comida em meio à lama. Não vamos ficar de braços cruzados”, destacou o parlamentar.

Na pequena cidade de Jordão, quase 80 famílias foram afetadas pela cheia dos rios que banham a cidade (Foto: Cedida)

Diante da situação, Leo de Brito anunciou que entrará com um pedido de investigação das responsabilidades do governo do Acre junto ao Ministério Público do Estado (MPAC).

De acordo com o relatório de Monitoramento Hidrometeorológico número 34, do dia 21 de fevereiro, dia que a enchente atingiu a cidade de Jordão, o sistema estava em condição de disparar os alertas. Mas, isso não aconteceu. Os dados informam ainda que, no Jordão, do dia 20 para 21, em 24 horas, choveu mais de 100 milímetros, num acumulado somente em fevereiro de quase 300 milímetros.

“Nós sabemos que existem os eventos extremos e, obviamente, fenômenos como enchentes e secas atingem o nosso país. Vimos agora os casos recentes nos Estados da Bahia, Minas Gerais e na cidade de Petrópolis. Mas no caso de Jordão, no Acre, havia meios para monitoramento das chuvas e nada foi feito. O povo não pode sofrer com essas ações negligentes e ninguém ser responsabilizado”, finalizou Leo de Brito.

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