Diferente dos governos da Frente Popular, quando os secretários se aventuravam a disputar uma vaga na Assembleia Legislativa, até o momento nenhum ocupante do primeiro escalão da gestão de Gladson Cameli manifestou interesse em tentar uma cadeira no Parlamento estadual.
Dos três secretários que já declararam ser candidatos, dois vão disputar uma das oito vagas da Câmara Federal: Socorro Neri, da Educação, e Israel Milani, do Meio Ambiente.
O secretário de governo, Alysson Bestene, aguarda a decisão do governador Gladson Cameli sobre a vaga de vice. Caso não seja o escolhido, também deve disputar uma vaga na Câmara Federal.
Mas, o que motiva os secretários de Gladson Cameli a tentarem uma vaga no Congresso Nacional? Primeiro, o incentivo do próprio governador em ter uma bancada para lhe apoiar. Depois, a suposta facilidade em se eleger.
Dos oitos deputados federais do Acre, pelo menos três não devem disputar a reeleição: Alan Rick (DEM), Vanda Milani (Solidariedade) e Jessica Sales (MDB) pretendem disputar a vaga única do Senado.
A deputada federal Mara Rocha chegou a declarar que pode disputar o governo do Estado. Mas ainda não anunciou oficialmente.
Mas os secretários de Gladson Cameli estão mesmo de olho nas vagas de deputados que eles acreditam que terão dificuldades em se reeleger, como é o caso de Perpétua Almeida, do PCdoB, e Léo de Brito, do PT.
Tanto o PT quanto o PCdoB encontram dificuldades para formar chapas com nomes que tenham densidade eleitoral.
Na soma dos secretários, pelo menos cinco vagas estão em aberto, o que facilitaria a eleição.
Esse é um problema a menos para o governador Gladson Cameli. Nos governos da Frente Popular, os deputados estaduais da base de apoio chegaram a se unir para cobrar que secretários não disputassem uma vaga na Aleac.