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Prevenção do assédio moral como investimento para empresas mais lucrativas

Você é capaz de dizer hoje se um funcionário da sua empresa já sofreu assédio moral no ambiente de trabalho?

O assédio moral se caracteriza pela sequência de atos de violência psicológica a qual uma pessoa é submetida, seja pelo superior hierárquico, por colegas de trabalho ou até mesmo por subordinados.

Nos julgamentos de assédio moral há dois aspectos que são considerados essenciais: Regularidade dos ataques (os fatos se repetem ao longo do tempo) e Desestabilização emocional da vítima (há a determinação de afastar a vítima do trabalho através do aspecto emocional).

Ainda nesse sentido, o assédio moral pode ser realizado de duas maneiras: vertical (do chefe para o subordinado ou vice e versa) e horizontal (entre colegas de mesma hierarquia).

Importante salientar que, independentemente de quem comete o assédio na empresa, que seja a alta gestão (chefe), supervisores ou colegas, é de responsabilidade da empresa arcar com as consequências de tais atos, eis que a empresa é responsável por manter o local de trabalho hígido e salubre, não só focado no físico/estrutural, mas também mental.

Quando não se há a supervisão e o assédio moral é identificado, a Justiça do Trabalho é o ramo do Poder Judiciário a que milhares de pessoas recorrem quando têm seus direitos trabalhistas desrespeitados.

Em muitos casos, o que se busca é a reparação de danos decorrentes da exposição a situações humilhantes ocorridas repetidamente no ambiente de trabalho – o assédio moral, que pode levar ao adoecimento físico e psíquico.

Em 2018, mais de 56 mil ações envolvendo assédio moral foram ajuizadas na Justiça do Trabalho.  Mas o número pode ser maior, visto que muitas pessoas têm receio de denunciar práticas abusivas como esta.

Evitar o assédio moral nas empresas é um trabalho que envolve empoderar os empregados e criar ações institucionais que evitem a repetição dos casos com a ajuda de algumas formas de prevenção:

  • Criar um Código de Ética para a instituição;
  • Reduzir o trabalho monótono e repetitivo;
  • Incentivar a participação dos trabalhadores na vida da empresa;
  • Definir melhor as tarefas, funções, metas e formas de cobrança;
  • Promover palestras e cursos sobre o assunto;
  • Oferecer apoio psicológico e orientação aos trabalhadores que se julguem vítimas;
  • Estabelecer canais de denúncia anônimos e que sejam eficazes;
  • Incentivar boas relações de trabalho, com respeito aos mais diferentes perfis.

 

É fato que uma empresa possui muitos indivíduos trabalhando em um mesmo espaço, o que pode ocasionar choque cultural e entre as pessoas. No entanto, o respeito é algo inegociável, o que todos devem respeitar e se adequar, cabendo a empresa promover um ambiente no qual o funcionário se sinta seguro o suficiente para dar o melhor de si.

Afinal, funcionário livre de assédio + funcionário feliz = empresa lucrativa e produtiva!

Categories: Juliana Moreira
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