“Daqui onde estou dá para ver o Brasil” é o título do documentário que o coletivo CATAC (Centro de Antropologia do Teatro e Antropofagia do Cinema) produziu e pretende lançar ainda neste ano. A produção independente conta com depoimentos do coletivo que envolveu mais de 600 participantes durante anos de atuação no estado. O grupo lançou uma vaquinha e pode ser acessado pelo seguinte LINK.
O Centro de Antropologia do Teatro e Antropofagia do Cinema, o CATAC, surgiu há 20 anos, em Rio Branco, no Acre. O coletivo formou jovens e adultos, gratuitamente, por meio da criação de espetáculos, mostras, cineclubes itinerantes, publicações e oficinas permanentes, alcançando, além da capital acreana, outros sete municípios envolvendo mais de 600 participantes provenientes da rede estadual de ensino público.
O filme independente, sem qualquer patrocínio privado ou institucional, foi produzido durante o período da pandemia, com o objwetivo de “recobrar uma das tantas histórias apagadas e perdidas de nossa memória”.
“O documentário é uma clara demonstração do quanto um projeto público de formação cultural pode transformar a vida de pessoas independentemente da idade, cor da pele, lugar onde mora ou formação escolar. O quanto o Acre pode ser um lugar bem estratégico, como tantos lugares distantes dos circuitos convencionais, para se ver o Brasil e repensar o quanto, efetivamente, compreendemos sobre cultura, formação e diversidade brasileira”, afirma o coletivo.
Além de reunir imagens, documentos e testemunhos de significativas vozes acreanas o filme pretende estabelecer um proveitoso diálogo com outras regiões do país através de participações de historiadores, jornalistas e artistas brasileiros como Maurice Capovilla, João das Neves, Zuenir Ventura, Paulo José, Antunes Filho, João Donato, Dona Ivone Lara, Monarco, Marília Pêra, Dona Lúcia Rocha, Bibi Ferreira, Amir Haddad, Zé Celso Martinez Correa e Nélson Pereira dos Santos entre muitos outros.
O grupo pretende arrecadar R$ 12.197, para concluir todas as etapas de produção, pós-produção e iniciarmos as primeiras exibições no Acre e em outras cidades brasileiras.