Depois de a gasolina passar a ser vendida por R$ 11,56 o litro, em Jordão, após aumento anunciado pela Petrobras, no dia 10 de março, a população do município isolado, no interior do Acre, sofre agora com o aumento também do gás de cozinha que, nesta semana, chegou a ser comercializado por R$ 155.
O vigia Virgulino Souza diz que adquiriu a botija de 13kg já com o preço reajustado e se assustou na hora de efetuar o pagamento.
“Me assustei ontem quando fui comprar uma carga de gás e paguei 155 reais. Então achei um absurdo, muito caro aumentar esse tanto de uma vez. Eu não acho justo. Aumentou demais. Na minha casa vivem seis pessoas e uma botija de gás dá pra umas três semanas, agora vai ficando mais difícil, porque a gente consumia fazendo o minimo, mas agora com esse absurdo, vai ficar mais difícil”, lamenta ele.
Conforme dados da Agência Nacional do petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na capital acreana o preço médio do gás de cozinha é de R$ 116, enquanto, em Cruzeiro do Sul, o preço médio é de R$ 120.
A análise leva em consideração apenas o preço praticado nas duas maiores cidades do Estado, e foi feita entre os dias 6 e 12 de março.
Efeitos da guerra
A Petrobras alega que, apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo.
Segundo a Petrobras, após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras
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