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Em greve há 13 dias, servidores da Saúde protestam na policlínica do Tucumã e atendimentos são suspensos

Na policlinica do Tucumã, todos os servidores pararam (Foto: Assessoria/Sindmed)

Em greve desde o dia 8 de março, os servidores da Saúde estadual realizam, na manhã desta segunda-feira, 21, um novo ato para chamar a atenção do governo quanto às reivindicações da categoria. Desta vez, a mobilização ocorre na policlínica do Tucumã, onde, devido ao ato, os atendimentos foram suspensos por completo, segundo informou o Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed).

O movimento é integrado por todas as classes da Saúde, o que incluí dentistas, biomédicos, farmacêuticos, motoristas de ambulância, maqueiros, enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, parteiras, entre outros profissionais.

A categoria cobra que o governo cumpra com as medidas acordadas ainda em junho de 2021, como reformulação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), que, segundo a categoria, está defasado há 22 anos, criação da etapa alimentação, reposição de perdas salariais, entre outras demandas.

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), Rodrigo Prado, em junho do ano passado, o governo assinou acordo com os trabalhadores, mas nada foi cumprido.

“Continuaremos em greve e vamos mostrar a cara dos políticos que prometeram, assinaram acordo de que cumpririam com a palavra, mas enganaram os servidores. Se já não era possível confiar naquilo que eles falavam, agora, não podemos confiar em documentos assinados por eles, então a mobilização será mantida até o real atendimento de todas as demandas”, protestou o sindicalista.

A mobilização na policlínica integra uma série de atos realizados pela categoria. Na última sexta-feira, 18, o movimento se concentrou na entrada do pronto-socorro de Rio Branco, mas houve também uma passeata nas adjacências.

(Foto: Assessoria/Sintesac)
Na quinta-feira, 17, a mobilização ocorreu na UPA da Sobral (Foto: Assessoria/Sintesac)
Na última semana, uma passeata foi realizada na estrada da Sobral

Na quinta-feira, 17, a mobilização ocorreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Sobral, onde, desde então, apenas casos de emergência estão sendo atendidos, segundo a categoria. No mesmo ato, os profissionais fizeram também uma passeata até o Hospital de Saúde Mental do Acre.

No dia 14 de março, os profissionais chegaram a fazer uma vigília na entrada do Palácio Rio Branco. Com louvores e orações, eles buscavam chamar a atenção do poder público para as demandas da classe.

Reajuste para os servidores

No último dia 11 de março, o governo do Acre anunciou reajuste salarial para 51.248 servidores públicos ativos e inativos do Estado, no percentual de 5,42%.

Além disso, para a Saúde, foi anunciado também o Auxílio Alimentação mensal no valor de R$ 500 para 6.457 servidores ativos da Saúde, e o Auxílio Temporário de Saúde (ATS), no valor de R$ 400 mensal. Apesar disso, a categoria defende que o aumento não corresponde aos anseios dos profissionais.

‘Reivindicações legítimas’

A mobilização dos servidores da saúde se soma também aos movimentos da Educação e da Segurança, que também reivindicam melhorias junto ao governo do Estado.

Diante dos inúmeros protestos realizados por servidores públicos dos setores mencionados, o governo do Acre emitiu uma nota, na terça-feira, 15, em que afirma considerar legítimas todas as reivindicações, no entanto, está impedido de revisar os diversos planos de carreiras dos servidores públicos estaduais, e também de deferir reajustes salariais além da Revisão Geral – esta a ser concedida no mês de abril aos servidores públicos estaduais.

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Agnes Cavalcante: