Tamires Fernandes vive no bairro Rui Lino III e reclama que, desde janeiro de 2022, não há fornecimento de água na rua em que mora. A casa é localizada na rua Solimões, onde ela mora há quase seis anos. Com duas famílias na mesma residência, ela diz que é preciso pagar, semanalmente, para abastecer as três caixas d´água.
“Numa parte do meu bairro tem água, mas em outra não. A gente compra porque é muito difícil, não tem como… A gente usa da chuva, faz racionamento de água. Quem tem poço ajuda os outros, mas quem não tem é comprando como eu. Encho três caixas d’água todo o sábado, são R$ 90”, relata a Tamires, que trabalha como babá.
Ela conta ainda que a vizinhança entrou em contato com o Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) mais de uma vez, mas que não teve solução.
“Eles vêm e dizem que é porque a água não tem pressão para subir nas redes. Eles dão esperança de que vai melhorar, mas isso nunca acontece. No final do mês, eles querem que a gente pague a conta, mas não tem água. Não é fácil não”, desabafa.
Por meio da assessoria, o Saerb informou que tem ciência do problema no bairro e que está trabalhando para resolver o problema. “Devido as manutenções necessárias que o Saerb vem realizando nas bombas das Estações I e II, que não vinham sendo feitas há 20 anos, o problema se agravou porque não há bomba de reserva para manter em 100% os bairros abastecidos com água tratada. Enquanto as manutenções não sejam totalmente concluídas toda a cidade estará com o abastecimento reduzido. A direção do Saerb pede paciência da população, mas esses transtornos são por uma boa causa: evitar o colapso no abastecimento de água em Rio Branco”, explica a nota.
Tamires reclama também que, desde julho do ano passado, não há mais limpeza no bairro, assim como os bueiros transbordam frequentemente com as chuvas.
“Uma chuva que dá e a água dos esgotos inundam a rua. Uma chuva de cinco minutinhos alaga tudo. Tem casa de pessoas que estão com os móveis se acabando, porque a água dos esgotos entram nas casas”, afirma.