Em Rio Branco, alunos dos cursos de Jornalismo, História, Economia, Espanhol e Ciências Sociais da Universidade Federal do Acre (Ufac), tiveram as aulas presenciais suspensas na terça-feira, 29, após um suposto toque de recolher imposto por criminosos.
Em comunicado enviado aos alunos do Curso de Jornalismo, por exemplo, a coordenação informou que as aulas foram suspensas na terça-feira, 29 “por conta de uma incerteza de segurança pública relacionado a um ‘toque de recolher’ divulgado”, no entanto, “as disciplinas remoto permanecem com aula normal”. Por fim, o comunicado reforça que, “assim que possível, essas aulas serão repostas.”.
Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), a Polícia Militar (PMAC) e a Polícia Civil (PC) negaram qualquer toque de recolher, e reforçaram que “diuturnamente, as Forças de Segurança do Estado trabalham, subsidiadas por seus órgãos de inteligência, no sentido de prevenir e reprimir atos provenientes de organizações criminosas e de outros tipos de delitos.”
Nesta quarta-feira, 30, no entanto, as aulas devem ser retomadas normalmente, conforme informou a Ufac. Ainda nesta quarta, a Sejusp informou que fará uma coletiva de imprensa para tratar sobre “a nociva propagação de ‘fake news’, em redes sociais, atinentes a organizações criminosas, que vem causando transtornos à população.”
Leia a nota da Segurança Pública do Acre na íntegra:
O governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), da Polícia Militar (PMAC) e da Polícia Civil (PC), diante de matéria jornalística local intitulada “Facção aborda comerciantes de Rio Branco e ‘decreta’ toque de recolher após morte de faccionado”, vem a público informar que, diuturnamente, as Forças de Segurança do Estado trabalham, subsidiadas por seus órgãos de inteligência, no sentido de prevenir e reprimir atos provenientes de organizações criminosas e de outros tipos de delitos.
Nesse sentido, a PMAC concentra suas ações nas áreas críticas de maior tendência criminal, com distribuição de policiamento ordenada de acordo com as estatísticas criminais. No mesmo diapasão, a Polícia Civil vem desencadeando suas operações nos locais em que a análise criminal aponta o crescimento da violência.
No ambiente prisional, os núcleos de Inteligência da Polícia Penal vêm intensificando o trabalho de fiscalização nos presídios e, juntamente com as demais forças, realizando o acompanhamento daqueles que se encontram em regimes prisionais mais brandos.
Dessa forma, o governo do Estado tranquiliza a população, descartando qualquer hipótese de “toque de recolher” no território acreano.
Paulo Cézar Rocha dos Santos
Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública
Paulo César Gomes da Silva
Comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Acre
Josemar Moreira Portes
Delegado-Geral de Polícia Civil
Arlenilson Barbosa Cunha
Presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre