“É o primeiro presidente que vem ao Acre sem entregar nada, sem inaugurar nada, então é um absurdo. Nós viemos mostrar nossa indignação e dizer que estamos insatisfeitos com a postura e a ingratidão do Bolsonaro com o Acre, Estado que lhe deu a maior votação nas eleições”. Com estas palavras, o presidente do Fórum Sindical da Juventude, Francisco Panthio, protestava na estrada da Vila Acre, próximo à entrada da Arena da Floresta, em Rio Branco, enquanto ele e um grupo aguardavam a passagem do presidente Jair Bolsonaro.
O presidente da República chegou à capital acreana, para uma série de compromissos, por volta das 13h45 desta sexta-feira, 18, e realizou a entrega de títulos de regularização fundiária. Em seguida, seguiu para a inauguração do complexo Rede Boas Novas e, à noite, participa do Primeiro Encontro Estadual de Pastores e Líderes da Fé e Cidadania, das Assembleias de Deus no Acre, filiadas à CEIMADAC e do Ministério de Madureira, na casa de festas Maison Borges.
“Nós viemos aqui para mostrar nossa indignação, não contra a vinda do Bolsonaro, mas olha as condições do Acre. Um presidente vir aqui pra cumprir uma agenda dessa é muito pouco, só para cumprir uma agenda dessa é muito pouco. O Acre está com o gás, a gasolina mais caros do Brasil, a nossa única BR está quase intrafegável, a terceira maior inflação do Brasil, e a agenda de um presidente da República não é nem inaugurar uma obra pública? Nós entendemos que a agenda de um presidente em um estado pobre que nem o Acre tem que ser produtiva, de muitos anúncios e investimentos”, reiterou Panthio.
Além da Juventude, outras categorias também realizam protesto, como os servidores da Educação estadual, que utilizam cartazes para cobrar a implantação do piso nacional da Educação.
A visita de Bolsonaro ocorre em meio também a uma onda de protestos contra o Governo no Acre, considerando as manifestações de insatisfação dos profissionais dos principais setores do Estado, como Educação, Saúde e Segurança.