Em nota divulgada nesta quarta-feira, 30, a Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes do Acre (SEE) informou que, “em virtude da greve dos professores, que impediu a realização dos encontros de capacitação e outras atividades de planejamento pedagógico consideradas essenciais, o início do ano letivo 2022 foi reprogramado para o próximo dia 11 de abril”.
Em greve desde fevereiro deste ano, os servidores da Educação reivindicam a reformulação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) e a realização de novo concurso público. Desde que a greve foi deflagrada, inúmeros atos públicos foram realizados, com intuito de chamar a atenção às demandas.
No dia 11 de março, o governo anunciou reajuste de 5,42% para todos os servidores públicos, no entanto, o percentual mínimo reivindicado pelos servidores da Educação é de 10%.
Na manhã desta quarta-feira, 30, representantes dos trabalhadores se reuniram com membros da equipe econômica do governo, bem como parlamentares da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) com objetivo de discutir a reposição salarial e as perdas inflacionárias dos servidores públicos. Sobretudo, não houve acordo.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintesac), Rosana Nascimento, disse que os servidores estão revoltados com a proposta apresentada pelo governo.
“No acordo judicial eles afirmam que vão fazer a reposição inflacionária dos últimos dois anos e não o fazem, oferecem 5,42% que não cobre nem a do ano passado. Estão tirando 3% da nossa referência. Por que sacrificar a Educação, se comparada às outras categorias, é a que menos recebe? Um aluno soldado recebe mais que eu, que tenho com 30 anos de serviço e também mestrado. Repensem essa postura. Estamos expressando o nosso sentimento e o mínimo que vocês podem fazer é manter nossa estrutura de carreira”, ressaltou Rosana.
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