Sem avanço nas negociações com o Governo, trabalhadores da saúde continuam com o movimento grevista por tempo indeterminado em todo o Estado. Nesta quinta-feira, 17, o movimento se concentra na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Sobral, onde, a partir de hoje, apenas casos de emergência serão atendidos, segundo a categoria.
O movimento é integrado por enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, condutores de ambulância, parteiras, entre outros profissionais. A categoria cobra que o governo cumpra com as medidas acordadas ainda em junho de 2021, como reformulação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), que, segundo a categoria, está defasado há 22 anos, criação da etapa alimentação, reposição de perdas salariais, entre outras demandas.
“Assinaram, falaram e não cumpriram. Por isso, nós estamos aqui, aqui seguiremos até que seja cumprido ítem por ítem. Nós não abriremos mão de nenhum ítem discutido naquela pauta”, disse o médico Guilherme Pulicci, presidente do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed).
No dia 14 de março, os profissionais chegaram a fazer uma vigília na entrada do Palácio Rio Branco. Com louvores e orações, eles buscavam chamar a atenção do poder público para as demandas da classe.
Reajuste para os servidores
No último dia 11 de março, o governo do Acre anunciou reajuste salarial para 51.248 servidores públicos ativos e inativos do Estado, no percentual de 5,42%.
Além disso, para a Saúde, foi anunciado também o Auxílio Alimentação mensal no valor de R$ 500 para 6.457 servidores ativos da Saúde, e o Auxílio Temporário de Saúde (ATS), no valor de R$ 400 mensal. Apesar disso, a categoria defende que o aumento não corresponde aos anseios dos profissionais.
‘Reivindicações legítimas’
A mobilização dos servidores da saúde se soma também aos movimentos da Educação e da segurança que também reivindicam melhorias junto ao governo do Estado.
Diante dos inúmeros protestos realizados por servidores públicos dos setores mencionados, o governo do Acre emitiu uma nota, na terça-feira, 15, em que afirma considerar legítimas todas as reivindicações, no entanto, está impedido de revisar os diversos planos de carreiras dos servidores públicos estaduais, e também de deferir reajustes salariais além da Revisão Geral – esta a ser concedida no mês de abril aos servidores públicos estaduais.