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A ditadura do agora

Mesmo vivendo uma terrível guerra sanitária, o comportamento humano, em muitos aspectos, não mudou. O sexo é livre e o amor pode ser comprado por um bolso cheio de notas. Perder o celular é pior do que perder valores mais sagrados e ensinados na infância.
Quem não fumar e beber, está fora do “politicamente correto”. Os banheiros se tornaram estúdio para fotos e selfies, as igrejas, points de check ins. Homens e mulheres temem uma gravidez muito mais do que o próprio HIV, ou a Covid.
O serviço de entrega de fast food chega mais rapido que a ambulância. As pessoas morrem de medo de terroristas e criminosos muito mais do que temem as Leis de Deus descritas na Bíblia.
As roupas decidem o valor de uma pessoa e ter status é mais importante do que ter amigos e até mesmo família. Nestes tempos as crianças são capazes de desistir dos pais por um amor virtual. E os pais esquecem de reunir a família à mesa para um jantar harmonioso, porque conversar ou trabalhar no celular é mais importante.
Grande parte dos homens e mulheres preferem relacionamentos sem compromissos e obrigações. Alguns, até em comum acordo juram amor eterno como peça de teatro com direito postagem de fotos pré-escolhidas para a plateia sedenta curtir e comentar. São criaturas que esqueceram de cuidar do espírito, do vazio da alma e resolveram cuidar da vida dos outros, de cultuar os seus corpos. Muitos valorizam mais viver a ditadura do corpo desejado pelas redes sociais do que possuir um diploma universitário ou manter a própria saúde. Pois uma foto na academia com muitas curtidas, vale muito mais que estar com a família, visitando alguém enfermo no hospital, ou uma foto estudando, praticando boas ações. Sobrevive nos meios midiáticos quem joga com a razão, quem usa o coração não existe.

Naturalizem que a bondade de Deus alcança seus filhos onde eles estão, da maneira que estejam, com quem estejam. Deus não faz separações, são homens que se afastam uns dos outros por orgulho e egoísmo. Seu amor ampara cada um dentro do seu grau de merecimento pessoal segundo o bem que desejou e praticou. Ele anda conosco e sempre vai nos ajudar a evoluirmos a mudar. Nunca estamos sozinhos.

Beth Passos

Jornalista

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