Pânico, sensação de desespero ao receber mensagens de trabalho, cansaço excessivo, físico e mental, dor de cabeça frequente, são alguns sintomas de que a síndrome de burnout está à espreita.
Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.
A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho. Esta síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outras profissões.
Traduzindo do inglês, “burn” quer dizer queima e “out” exterior.
Durante os últimos, anos, o crescimento desenfreado do consumo e o surgimento de inúmeras filosofias baseada no “trabalhe enquanto eles dormem e ficará rico” contribuiu para o aumento considerável dos níveis de stress em ambiente de trabalho.
A diminuição do poder de compra dos brasileiros, gerando a necessidade de trabalhar mais para manter o orçamento em dia, aliado com alta competitividade de mercado imprimem no trabalhador a sensação de culpa ou de que está ficando para trás quando não está produzindo, o que leva a uma carga horária excessiva de trabalho.
Ainda nesse sentido, a falta de reconhecimento, criatividade tolhida e mau relacionamento com os colegas também podem engatilhar uma síndrome de estresse crônico.
Essas situações acabam colocando em xeque a saúde mental do trabalhador que acaba desenvolvendo problemas psicológicos e refletindo no seu corpo, levando ao surgimento de inúmeras outras doenças, tais como: despersonalização, ansiedade, insônia, problemas gastrointestinais , taquicardia e até mesmo depressão.
Antes tratada apenas como estresse severo, a síndrome de burnout agora integra o rol de doenças relacionadas ao trabalho, podendo ser identificada pela área da saúde como CID – 11.
O diagnóstico da síndrome de Burnout pode ser feita por profissionais especialistas. O psiquiatra e o psicólogo são os profissionais indicados para identificar o distúrbio e orientar a melhor forma de tratamento, caso a caso.
Buscando a solução ao problema para as empresas do século XXI
A melhor maneira de prevenir a síndrome de Burnout é evitar situações desgastantes no trabalho e praticar atividades que diminuam o estresse. É importante lembrar que o desenvolvimento da síndrome está associado a esgotamento físico e mental e condutas mais saudáveis dentro das empresas contribuem para evitar a progressão do distúrbio.
Assim, algumas empresas têm buscado desenvolver em horários alternados, atividades físicas e momentos de lazer no próprio ambiente de trabalho para que os funcionários sintam e se permitam descansar por alguns minutos, bem como a disponibilização de psicólogos dentro das empresas, que ajudam em um primeiro diagnóstico.
Outra alternativa são as palestras educativas oferecidas pelas empresas, sobre gestão e controle de tempo, além de enfatizar a importância do lazer.
Lembre-se de que é fundamental manter o equilíbrio entre o trabalho, o lazer, a vida social, a família e as atividades físicas, pois sem o equilíbrio, todo trabalho será em vão.