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Ação de Saúde da prefeitura da capital atende mais de 50 comunidades ribeirinhas

O seringal Macapá fica a mais de sete horas de barco da capital, e com acesso pela Transacreana (Foto: Dell Pinheiro)

O acesso ao serviço público de Saúde é quase sempre complicado, principalmente para quem mora na zona rural, em regiões mais longínquas do nosso Estado. Em Rio Branco, uma ação da prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), levou assistência médica a ribeirinhos do Rio Acre e Riozinho do Rola, demostrando que o comprometimento com os que mais necessitam deve ser prioridade na gestão pública.

No sábado, 9, o Seringal Macapá, próximo ao Riozinho do Rola, recebeu o Programa Saúde na Comunidade. Distante mais de sete horas de barco da capital, e com acesso pela Transacreana (60 quilômetros de estrada, e mais 22 quilômetros de ramal), o local foi escolhido para o encerramento do projeto, que durou quase 30 dias, atendendo 52 comunidades com serviços na área médica, odontológica, exames clínicos, testes rápidos, de gravidez, aferição de pressão arterial, pré-natal, vacinações e distribuição de medicamentos.

“Esse programa já era algo desejado pelas comunidades ribeirinhas. A dificuldade que essas pessoas têm em se deslocar até uma unidade de Saúde é muito grande. Podemos observar o trastorno que é sair pelo ramal, e via fluvial, somente quando o rio está cheio. Trouxemos todos os serviços da Atenção Básica. A proposta do prefeito Tião Bocalom é intensificar essas ações em 2022. Esse trabalho é prioridade na atual gestão”, destacou , Sheila Andrade, secretária de Saúde de Rio Branco.

“A dificuldade que essas pessoas têm em se deslocar até uma unidade de Saúde é muito grande”, disse Sheila Andrade (Foto: Dell Pinheiro)
“Nossa equipe foi formada por 62 profissionais, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares e pessoal de apoio”, ressaltou Rejane (Foto: Dell Pinheiro)

A gerente da divisão do Programa Saúde na Comunidade, Rejane Oliveira Gonçalves, falou que o sentimento é de gratidão, realização e dever cumprido.

“Podemos trazer a essas pessoas o atendimento que há muito tempo eles não recebiam, devido a diversas situações, como a questão da pandemia da Covid-19. Foram realizados mais de 52 mil procedimentos. Nossa equipe foi formada por 62 profissionais, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares e pessoal de apoio. Tivemos dificuldade de acesso em diversos locais. Devido a cheia, a mata fica fechada, e temos que desobstruir as passagens pelos igarapés e rios. Porém, tudo que realizamos foi gratificante”.

Convidado pela secretária de Saúde para conhecer o projeto, o senador Sérgio Petecão disse que não tinha dimensão da ação que a prefeitura estava fazendo naquela região. ” Já conheço o Seringal Macapá, sei das dificuldades enfrentadas por essas famílias. O prefeito Tião Bocalom está de parabéns pela iniciativa. Aproveitei esse convite da secretária e fiz questão de está aqui, junto com a minha equipe. Fiquei impressionado ouvindo o depoimento das pessoas; você ver a satisfação da comunidade com tudo o que está acontecendo. Rio Branco está em boas mãos”.

A satisfação dos que receberam atendimento de Saúde

A dona de casa Luci da Silva realizou vários exames durante o programa (Foto: Dell Pinheiro)
A agricultora Rosana Cordeiro tomou pela primeira vez a vacina contra à Covid-19, junto com o marido e os três filhos (Foto: Dell Pinheiro)

A dona de casa Luci Miciano da Silva, de 34, anos, realizou vários exames, e fez questão de levar o marido e os filhos. “A situação é muito complicado aqui na comunidade. Para receber atendimento na cidade é pior, ainda mais no inverno, quando chove muito, o que impede da gente sair pelos ramais, e de barco fica perigoso. Aqui, fui muito bem atendida, meus filhos também se consultaram. O marido é que não queria fazer os exames, mas convenci ele. Graças a Deus todos estão bem”.

A agricultora Rosana de Lima Cordeiro, de 32 anos, tomou pela primeira vez a vacina contra à Covid-19, junto com o marido e os três filhos. “Além de fazer vários exames, levei a criançada ao dentista, e tomei a primeira dose da vacina contra o coronavírus, assim como meus filhos e marido. Foi um dia de viagem para chegar aqui. Moro na comunidade Belo Horizonte, colocação São José”, disse Rosana.

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Agnes Cavalcante: