O Acre registrou uma expressiva queda nos casos de dengue, nos primeiros meses de 2022, segundo relatório da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre). O levantamento, que leva em consideração as notificações da doença, desde a primeira semana de 2022 até a última semana de abril, aponta que a redução chegou a 97,4%.
No período, foram registrados um total de 1.364 casos prováveis de dengue no Estado, o que representa uma redução de 88,1%, se comparado ao mesmo período do ano anterior, que contabilizou 11.452 casos prováveis. Em 2022, o município que mais contribuiu com o registro de casos foi Cruzeiro do Sul com 737 casos prováveis, seguido de Rio Branco com 130 casos, sendo que a capital alcançou uma redução de 97,4% quando comparamos 2021/2022.
Conforme o Departamento de Vigilância em Saúde da Sesacre, foram registrados 28 casos prováveis de Chikungunya no ano de 2022, representando uma redução de 85,1% quando comparado ao mesmo período do ano anterior, onde foram registrados 188 casos prováveis da doença no estado.
“É muito importante ressaltar que no ano passado, nós tivemos um aumento no número de casos, principalmente de Zika e Chikungunya, isso porque conseguimos fortalecer a rede de detecção dessas doenças. Super importante também que essa redução vem se apresentando desde a semana epidemiológica 10, e a partir de agora haverá um platô de estabilidade, por estarmos entrando em período de estiagem, onde sazonalmente a doença tende realmente a diminuir, e é nesse momento que a população precisa ficar atenta, observar seus quintais e retirar tudo que está disponível que possa virar um criadouro, para que quando o período de chuvas volte não tenha essa oferta de criadouros para a proliferação do mosquito”, reforça Gabriel Mesquita, chefe do Departamento de Vigilância em Saúde.
Vale lembrar que, há pouco mais de três meses, em janeiro de 2022, a capital acreana estava em “Alerta Máximo” para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, principalmente a dengue, situação similar a outros municípios. Entre 2020 e 2021, o número de casos confirmados de dengue no Acre havia quase dobrado, portanto, o gestor reforça, ainda, que as ações de enfrentamento ao Aedes aegypti continuam incessantemente.
“Foi uma das áreas que mesmo durante a pandemia não parou, e continuaremos fortalecendo essa relação com os municípios dando apoio técnico necessário, capacitações, a dispensação dos insumos (larvicida e inseticida) para o controle nos municípios, já que a execução das ações é de responsabilidade deles”, finalizou Mesquita.