Treze dias após A GAZETA dar voz à dor da dona de casa Rizenda Oliveira, de 42 anos, o filho dela, Enzo Gabriel, de apenas três anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), realizou nesta sexta-feira, 29, sua primeira consulta psicológica no Centro Especializado em Reabilitação (CER III), em Rio Branco.
O acesso a atendimento adequado era a maior dificuldade da mãe que realizava há quase dois anos uma verdadeira peregrinação, pois devido ao seu diagnóstico, Enzo precisa de asssistência psicológica, terapia ocupacional e ainda, fonoterapia. Este último, no entanto, ainda não será feito, pois não há vagas na rede pública, segundo informou a mãe.
“Fico muito feliz por vocês da Gazeta terem me ajudado. Consegui uma vaga lá no Centro Especializado em Reabilitação, ele começou hoje primeiro dia do psicólogo, ficou faltando a outra ocupacional, mas ficou para outra sexta. Fico feliz eles atendido a gente bem. Só tenho a agradecer primeiro a Deus segundo a vocês”, disse Rizenda.
Feliz com os avanços, a mãe lamenta apenas não ter conseguido, até o momento, acompanhamento de um fonoaudiólogo. “Ele está cada vez pior, falando ‘mais ruim’, ele chora porque as vezes ele fala as coisas pra gente, e a gente não consegue entender. Tá ficando muito hiperativo, só eu mesma, como mãe, sei o que estamos passando. Mas, se Deus quiser, uma hora aparece uma vaga pra fonoaudiólogo para ele, em nome de Jesus”, reforça a mãe.
Sobre o Autismo ou TEA
O Autismo ou os Transtornos do Espectro Autista (TEA), que há muito deixou de ser raro, são condições médicas que levam a problemas no desenvolvimento da linguagem, na interação social, nos processos de comunicação e do comportamento social da criança. Ele está classificado, hoje, dentro dos Transtornos do Desenvolvimento e atinge cerca de 0,8% a 1% das crianças, na proporção de 1 para cada 51 nascimentos.
No Acre, o número de pessoas com autismo chega a 10 mil, enquanto em todo o Brasil, são quase 2 milhões, chegando a 70 milhões em todo o mundo.