Seis anos após a emergência médica global, em 2016, com milhares de bebês nascidos com danos cerebrais depois que suas mães foram infectadas durante a gravidez pelo surto do vírus zika, a doença volta a tomar as manchetes do mundo, após pesquisadores alertarem para a possibilidade de um novo surto. No Acre, um dos Estados considerados endêmicos para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como o Zika, o número de infecções pela doença caiu drasticamente com apenas três casos da doença diagnosticados nos primeiros meses de 2022.
A informação foi confirmada pelo Departamento de Vigilância em Saúde e vem quatro meses após o Ministério da Saúde (MS) apontar que o Acre apresentou a maior variação no aumento de casos de zika dentre todos os estados brasileiros, em dezembro de 2021, considerando o mesmo período do ano anterior, em um aumento de 876,2%.
“É muito importante ressaltar que no ano passado, nós tivemos um aumento no número de casos, principalmente de Zika e Chikungunya, isso porque conseguimos fortalecer a rede de detecção dessas doenças. Super importante também que essa redução vem se apresentando desde a semana epidemiológica 10, e a partir de agora haverá um platô de estabilidade, por estarmos entrando em período de estiagem, onde sazonalmente a doença tende realmente a diminuir, e é nesse momento que a população precisa ficar atenta, observar seus quintais e retirar tudo que está disponível que possa virar um criadouro, para que quando o período de chuvas volte não tenha essa oferta de criadouros para a proliferação do mosquito”, reforça Gabriel Mesquita, chefe do Departamento de Vigilância em Saúde.
Há pouco mais de três meses, em janeiro de 2022, o Acre estava em alerta máximo para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, mas, devido às ações de conscientização realizadas pelo poder público aliado ao fim do período chuvoso, houve descréscimo considerável no número de casos de dengue, zika e chikungunya.
Rio Branco
Na capital acreana, boletim emitido na segunda-feira, 11, pela Vigilância Epidemiológica municipal aponta que houve redução nos casos das doenças transmitidas pelo Aedes, especialmente de dengue, no período de 20 a 26 de março. Os dados revelam uma queda expressiva, considerando que, no mesmo período de 2021 foram registrados 4.883 casos da doença.