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Na Rádio Gazeta 93 FM, Gladson fala sobre mudanças na gestão e pede que servidores da saúde ‘voltem ao trabalho’

O governador do Acre, Gladson Cameli, concedeu, nesta segunda-feira, 11, entrevista aos jornalistas Tiago Martinello e Brenna Amâncio, em que falou sobre mudanças no primeiro escalão de seu governo, além de anunciar novas obras e ainda pedir o encerramento da greve dos servidores públicos.

Sobre as mudanças em sua equipe, Cameli disse: “nós temos primeiro uma equipe que, mesmo com todas as dificuldades, é uma equipe muito determinada e, com essa saída para muitos que vão disputar, é unir o técnico, o político juntos, que tem a ver com toda a pasta, eu quero aqui, de fato, colocar as pessoas certas, nos lugares certos, para que a gente possa, nesse período, até o fim do quarto ano de mandato, dar uma resposta pra situações que não conseguimos.”

Demanda antiga da população, o anel viário de Brasiléia e Epitaciolândia também foi assunto na entrevista. Segundo o governador, ele era parlamentar, quando o primeiro projeto foi iniciado com uma emenda de bancada e por aí ficou esquecido.  “Não quero entrar em detalhes do porquê, o fato é que nós colocamos para rodar essa emenda de bancada, e eu era deputado federal ainda quando ela foi alocada, e, automaticamente, estou falando em geração de emprego, infraestrutura e convidando as pessoas para virem investir aqui, as empresas. Temos uma infraestrutura montada, todo o tráfego de carretas, máquinas, equipamentos passam por dentro de Brasiléia e Epitaciolândia, na zona urbana, e isso gera riscos, coloca a vida da população em risco, porque é uma zona urbana. Precisávamos desta obra para poder tirar todo esse tráfego pesado, em torno de 10km e mais uma ponte de mão dupla de 220 metros, mas, infelizmente, estamos em 2022 e temos que conviver com essa realidade”, pontuou.

Gladson garantiu que agora esse “gargalo vai ser vencido” e que, embora não queira determinar datas, a previsão é que, no final deste ano, ao próximo verão, ela seja 100% concluída. “Eu vou fazer de tudo para seja finalizada, neste ano, num tempo recorde”, afirmou o governador.

Foto: Secom/AC

A Expoacre e a Expojuruá 2022, cuja realização foi confirmada, recentemente, também fora tratadas na entrevista. De acordo com Cameli, muito além dos shows, o evento, neste ano, terá como foco o setor do agronegócio.

“Você vai ter uma resposta diferenciada, você deve tá pensando que vou falar do show A ou o show B, mas a diferença vai ser o agronegócio dando certo no nosso estado. O quanto valia o preço da terra e o quanto está valorizado hoje, o quanto, naquela época, não podia falar em exportar carne, porque nós ainda tínhamos que estar vacinando nosso rebanho contra a aftosa, e hoje estamos livres dessa vacinação. Se isso não for avanço… Ao mesmo tempo, nosso presidente da República com o presidente peruano assinaram um acordo bilateral,. Isso é avanço, expectativa positiva, dinheiro, geração de emprego, iniciativa privada, empresas já se instalando aqui no nosso estado, se instalando porque quem compra uma área de terra pra ter um planejamento pra construir já está se instalando, aquecendo”, avalia ele.

Segundo Cameli, o objetivo das feiras será a geração de emprego. “Tudo que já vimos de bom na Expoacre, você pega e vamos acrescentar agora. A Expoacre, de fato, servindo pra falar o que que a economia do Acre, referente ao agronegócio, também será o momento das pessoas colocarem em exposição tudo que produzimos aqui”.

“O Acre não é mais o Estado que não produz nada, o Acre já produz, soltei e sancionei uma lei de compras governamentais, que dá incentivo e valoriza quem produz aqui no estado. Hoje estou dando todos os incentivos, como a pauta do boi, como o ICMS do bezerro, porque preciso que quem mais precisa, que é população de baixa renda, que ela possa ter certeza que ela possa comer uma carne, um filezinho, não só comer o osso, não adianta eu comer o filé, se meu povo não comer. Todo mundo tem que comer, não estou com demagogia aqui, esse é meu jeito, então eu preciso que as pessoas entendam que precisamos olhar para as pessoas que mais precisam. Pasto cheio de boi não quer dizer que o Acre tá com a economia forte não, nós temos que estar hoje cheio de boi e amanhã sem nenhum, porque tá vendendo, e a economia tá girando”, destacou.

Sobre as greves dos servidores públicos, o governador alegou que tem procurado manter o diálogo com todas as categorias.

“É o direito de todo servidor de cobrar melhorias, atenção do Estado… Democracia é isto, e eu pedi, tenho falado, e vou repetir, além de agradecer todos os servidores por nos ajudarem a conduzir a movimentar a máquina estadual, porque o sucesso do governo é um servidor satisfeito. Eu tenho procurado, além de pagar e antecipar até a folha do pagamento, tenho antecipado o décimo terceiro, tenho pagado tudo que é abono, recisão, aquilo que é necessário para o bem do servidor público. Eu estou cumprindo minha grande promessa, que é não colocar em risco a folha de pagamento. Eu trabalho com o cenário que me passam, nacional, para que eu crie as expectativas, para que eu possa realmente conduzir e dar melhorias para o povo que é a classe do servidor, com segurança que não coloque em risco o pagamento por falta de recurso, e venha acontecer de atrasar. Eu tenho procurado negociar, sentar na mesa com todas as categorias, de fato, temos essa situação e quero publicamente fazer um apelo a todos os profissionais, médicos, pais de família: eu sei que a inflação teve sua alteração, as coisas aumentaram, eu também sou servidor público, recebo um salário de governador, eu também não posso dizer que eles estão errados, mas aquilo que posso fazer estou fazendo, e queria pedir a eles que se sensibilizassem para que a gente pudesse, a curto prazo, tentar dar uma resposta, para que eles se sintam contemplados e, ao mesmo tempo, não deixem de trabalhar, porque são vidas, eu sei que não é fácil, mas vamos achar a melhor solução”.

Especificamente sobre a Saúde, Gladson disse que está aumentando o número de hospitais e leitos e que, ao mesmo tempo, precisa ter “segurança jurídica” para manter os servidores. “Para que não tenhamos mais uma bola de neve…E, no paralelo, estamos fazendo o concurso público da Saúde. Mas, voltando ao assunto, eu peço essa complacência a esses grandes profissionais que salvam vidas, que são os médicos, que nesse momento de negociação, que pudéssemos negociar, mas que voltem ao trabalho. Não precisa parar os trabalhos, porque aqui é um governo aberto, um governo transparente e democrático, para que a gente ache a melhor solução e que possamos seguir em frente, sempre com um diálogo”, disse Cameli.

Ouça a entrevista na íntegra:

 

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Agnes Cavalcante: