O deputado estadual Daniel Zen (PT-AC) ocupou a tribuna da Aleac, nesta terça, 19 e quarta-feira, 20, para alertar sobre os problemas que estão ocorrendo no retorno às aulas presenciais nas escolas da Rede Pública Estadual de Educação Básica e na Rede SUS do Acre.
Citando o exemplo do Instituto Odilon Pratagi (IOP), de Brasiléia; da Escola Rural Boa Vista, de Senador Guiomard; e da Escola Padre Diogo Feijó, em Rio Branco, Zen destacou que diversas unidades escolares não puderam cumprir com o calendário de retorno às aulas presenciais, assinalado para os dias 11 e 18 deste mês de abril.
“Diversas escolas estão em processo de reforma de suas instalações e não puderam cumprir com o calendário de retorno. O meu questionamento é que, desde o dia 17 de março de 2020, início da Pandemia, até a presente data, se passaram mais de 2 anos, tempo que o governo poderia ter usado pra fazer todas as adequações necessárias e não ter deixado pra fazer isso agora, às pressas e às vésperas do retorno às aulas”, destacou o deputado.
Zen lembrou que, até hoje, diversos servidores ainda não receberam o abono salarial, pago em dezembro de 2021 com recursos da sobra do FUNDEB. “Todos os servidores da Educação cedidos ao antigo Instituto Dom Moacyr e que trabalham com o Novo Ensino Médio receberam, exceto o pessoal do Centro de Educação Profissional e Tecnológica da Usina de Artes. Qual o motivo dessa discriminação?”, indagou o parlamentar.
Ainda em seu discurso na tribuna da ALEAC, o deputado lembrou sobre a polêmica que envolve os proprietários de drogarias e os profissionais farmacêuticos, temática que vem abordando nas últimas semanas. “Agendamos uma audiência pública para o dia 10 de maio, oportunidade em que vamos debater o cumprimento da lei que determina a assistência em tempo integral dos farmacêuticos em todas as drogarias do Estado, assim como também o seu piso salarial.”
Zen destacou ainda o tamanho excessivo das filas de espera para procedimentos cirúrgicos eletivos, sobretudo no tocante a procedimentos próprios da saúde da mulher, assim como a ausência de medicamentos do componente especializado, que não estão disponíveis na farmácia básica.
“Há centenas de mulheres aguardando por procedimento de retirada de mioma com sangramento, por exemplo. Isso é fácil de resolver com um mutirão de cirurgias. Também há problemas no CREME, o setor que viabiliza os remédios mais complexos. Falta mesalazina, medicamento para doenças auto-imunes, dentre outras substâncias. Mas, se esse governo tem tido dificuldades para resolver os problemas mais simples, imagina situações complexas”, finalizou Zen.