O prefeito Tião Bocalom e secretários entregaram, na manhã desta quarta-feira, 20, aos vereadores da capital, o Projeto de Lei que trata sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos servidores públicos de Rio Branco.
De acordo com o Executivo municipal, vários estudos foram realizados para que o reajuste não ocasione um impacto financeiro negativo, o que comprometeria o orçamento, principalmente nas áreas da Saúde e Educação, que continua em greve, acampados em frente à prefeitura de Rio Branco.
“A mesma coisa que estava lá, que a gente falou, inclusive, do pagamento da terceira parcela, a gente tirou do ano de 2023, puxou tudo para 2022. Em vez de o pagamento ser para setembro, a gente colocou para novembro. O sindicato acordou, e todo mundo ficou numa boa. Um pagamento no mês de maio, e a outra parte do aumento salarial dos professores para novembro. Tudo ficou acordado, nada mudou de lá para cá, tudo que foi combinado, foi acordado, é que que está no projeto que está indo pra Câmara. A única discussão que está tendo hoje é a discussão do Sinteac, mais nada”, disse o prefeito Tião Bocalom.
A votação do PL deve ser tratada em período de urgência. O pagamento será feito no mês de maio, com retroativo ao mês de janeiro de 2022. Uma sessão extraordinária será convocada na Câmara para que seja votada o quanto antes, de acordo com o presidente da Casa, vereador N. Lima.
“O prefeito está convocando uma extraordinária, e a gente vai fazer o possível e o impossível [para apreciar a matéria o quanto antes]. Sexta-feira é ponto facultativo, mas nós vamos convocar os funcionários, os vereadores já estão ciente disso, a gente vai convocar e trabalhar sexta, sábado ou domingo pra que a gente possa votar, no máximo, na terça-feira, porque tem os trâmites da Casa”, disse Lima.
Durante a coletiva de imprensa, Bocalom também não poupou críticas ao sindicato que representa os trabalhadores. Segundo ele, se não fosse pela ação dos sindicatos, a greve já teria se encerrado há, pelo menos, um mês.
“Olha, o sentimento dos eleitores, que eu ouvi ontem, é exatamente esse: todo mundo preocupado, os pais querendo voltar, e só não voltava por essa situação dos sindicatos, atrapalhando tudo. Quero dizer que estou muito feliz com o que a gente fez, mas estou triste por termos perdido muitos dias de aula, em função desse movimento, que, me desculpe, não tinha mais motivo de ser, de 30 dias para cá. Esse pagamento será retroativo a 1º de janeiro, tudo que foi conquistado, todo esse pagamento, será retroativo, desde de 1 de janeiro”, finalizou.