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Insatisfeitos com reajuste aprovado na Aleac, médicos decidem continuar movimento grevista no Acre

Apesar do reajuste de 5,42% para todos os servidores públicos, Auxílio Temporário da Saúde (ATS) no valor de R$ 400 até dezembro de 2022 e do Auxílio Alimentação de R$ 500 para 6.457 servidores da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), aprovados na madrugada desta sexta sexta, 1º de abril, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed) informou que o movimento grevista irá continuar por tempo indeterminado.

A categoria está em greve em todo o Estado desde o dia 8 de março, e pede que o governo do Estado cumpra os acordos feitos, ainda em 2021, com a gestão de Gladson Cameli, como realização de concurso público, reposição dos dois últimos índices inflacionários, a reforma do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR) e o fechamento da revisão do Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT).

“Aprovaram os 5,42%, mas nós queremos o restante e vamos continuar de braços cruzados, até porque ainda tem a questão do concurso público e da insalubridade que a gente ainda está analisando os laudos técnicos que foram entregues pelo governo e já apontamos uma infinidade de falhas nos laudos técnicos e nós vamos questionar também”, destacou o doutor Guilherme Pulici, presidente do Sindimed/AC.

Com a greve dos médicos, tanto na capital quanto no interior, estão sendo mantidos apenas os atendimentos essenciais como urgências, emergências, casos de covid-19, UTIs, atendimento a pacientes internados, entre outros.

No dia 31 de março, o governo do Estado informou, por meio de seu porta-voz, que esperava o fim das greves, após a votação na Aleac e, com a continuidade do movimento grevista dos médicos de todo o Estado, o governo reafirmou na manhã desta sexta-feira, 1º, que “sempre esteve na mesa de negociações: ouvindo e analisando as propostas, sem esquecer dos limites de responsabilidade. As limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal impedem o Estado de conceder benefícios que impliquem em impacto financeiro.”

A expectativa dos profissionais é de que uma reunião ocorra na próxima semana, com representantes do governo, com intuito de debater as demandas da categoria, principalmente a realização de concurso público que, na visão do Sindmed, deve disponibilizar, pelo menos, 200 vagas para atender a alta demanda da população acreana.

Categories: POLÍTICA
Agnes Cavalcante: