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Mãe pede ajuda para que filho autista de três anos tenha acompanhamento especializado

O pequeno Enzo foi diagnosticado com TEA há cerca de um ano, e a mãe luta para que ele tenha acesso a um acompanhamento adequado (Foto: Arquivo da família)

Há quase um ano, a dona de casa Rizenda Oliveira, 42 anos, vive um dos momentos mais difíceis de sua vida. Segundo ela, desde que foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o filho Enzo Gabriel, de apenas três anos, piora dia após dia, pelo fato de não ter acompanhamento médico especializado.

O diagnóstico de TEA e encaminhamento para acompanhamento psicológico e também fonoaudiológico veio em julho de 2021, mas, até o momento, ela conta que não conseguiu vagas na rede pública.

“Procurei o CRAS (Centro de Referência em Atenção Social) da Sobral e no prédio atrás do Into, mas não consegui nada. Isso já vai fazer um ano que eu tô tentando, e ele está cada vez pior, falando ‘mais ruim’, ele chora porque as vezes ele fala as coisas pra gente, e a gente não consegue entender. Tá ficando muito hiperativo, só eu mesma, como mãe, sei o que estamos passando”, lamenta ela.

A mãe conta, ainda, que além do fato de Enzo não ter acesso a acompanhamento profissional, a situação fica ainda mais difícil pelo fato de ela, que é mãe solo, não ter condições financeiras de arcar com brinquedos adequados para a criança. “Se ele ficasse esse tempo todo em casa mas tivesse ao menos brinquedo pra tentar estimular, brinquedos diferentes como papel, lápis de cor, tinta, essas coisas pra entreter ele (…), mas infelizmente, eu não tenho condições”, diz ela.

Procurada, a prefeitura municipal de Rio Branco informou apenas que o município possui um Centro de Atendimento do Austista, localizado ao lado da Policlinica Barral y Barral. O local funciona de segunda à sexta, das 8h às 12h e das 14h às 17h.

Rizenda e o filho Enzo, de 3 anos (Foto: Arquivo da família)

Sobre o Autismo ou TEA

O Autismo ou os Transtornos do Espectro Autista (TEA), que há muito deixou de ser raro, são condições médicas que levam a problemas no desenvolvimento da linguagem, na interação social, nos processos de comunicação e do comportamento social da criança. Ele está classificado, hoje, dentro dos Transtornos do Desenvolvimento e atinge cerca de 0,8% a 1% das crianças, na proporção de 1 para cada 51 nascimentos.

No Acre, o número de pessoas com autismo chega a 10 mil, enquanto em todo o Brasil, são quase 2 milhões, chegando a 70 milhões em todo o mundo.

Agnes Cavalcante: