Salário emocional, você já ouviu essa expressão? Essa remuneração não é feita por meio de dinheiro, mas sim de satisfação de uma pessoa no trabalho. Esse conceito, que é composto por todas as coisas positivas e não financeiras que é possível obter exercendo uma atividade profissional, começou a ser estudado há 10 anos.
É sabido que o conceito de viver para trabalhar já não cabe mais na rotina das novas gerações. Atualmente, a vida ideal tem se equilibrado mais em uma rotina de satisfação (pessoal e profissional) e realizações. Existem exemplos diversos de pessoas que abandonaram seus cargos de gestão e salários elevados para ter mais qualidade de vida no lugar.
Assim, o salário emocional não é algo descrito na carteira, nem é um incentivo financeiro. Porém, é extremamente necessário para fazer com que os talentos da sua empresa se mantenham e, assim, reduzir o temido turnover – que causa diversos prejuízos financeiros, intelectuais e produtivos.
Podemos citar como exemplo de salário emocional as perspectivas de crescimento dentro da instituição; o reconhecimento e cultura organizacional – todos estes são elementos não monetários, mas que influenciam na motivação dos colaboradores e até mesmo na decisão de continuarem ou não na empresa.
Para as empresas, a oportunidade para atrair e reter os talentos têm que passar pelo conhecimento em saber como implementar o salário emocional. Sem isso, dificilmente esse perfil mais jovem vai se identificar com a identidade da empresa e construir uma relação próspera e duradoura.
Ainda neste sentido, especialistas apontam, inclusive, que o salário monetário ainda importa. É a base de muitas decisões profissionais para aceitar ou não uma oportunidade de emprego. Mas ela é uma estrutura frágil se não vier acompanhada de benefícios e elementos emocionais para construir e sustentar a satisfação do funcionário.
Vale até mesmo apontar algo óbvio: nenhum dos exemplos de salário emocional supracitados compensa uma remuneração baixa. São elementos que somam, e não são vistos individualmente, mas em conjunto agregando valor a vaga ofertada.
Faz certo sentido, inclusive, quando pensamos no peso que a rotina corporativa tem em nossas vidas. Em geral, passamos cerca de um terço dela dedicando-se ao trabalho. Por que não, então, combinar a parte econômica com as possibilidades de motivar-se nesse processo?
Para as empresas, talvez tenha ficado claro que, quanto maior a satisfação do colaborador, melhor é o seu desempenho e performance, contribuindo para o crescimento da organização também, trazendo para o ambiente de trabalho: melhora no bem-estar coletivo, gestão de tempo otimizada, disciplina e educação, bem como o enriquecimento das relações interpessoais.
Importante, salientar ainda que, o salário emocional deve sempre estar alinhado aos valores da empresa e dos colaboradores, e pode ser visto como um fator motivacional, e um investimento que vai render resultados em curto, médio e longo prazo.