Gael Henrique Torres Laureano, de 11 meses, foi transferido na madrugada desta quinta-feira, 26, para Manaus/AM onde fará acompanhamento médico especializado. Angustiada, a família havia contatado a reportagem do site A GAZETA para dar voz ao pedido de socorro da família, pois o menino estava, há 50 dias, internado em uma Unidade de Terapia Intensiva do Hospital da Criança, em Rio Branco, mas necessitava de atendimento médico especializado fora do Estado.
A avó de Gael, Silvana Torres, de 37 anos, é quem acompanha o menino até Manaus. “[O sentimento é de] emoção, gratidão que não cabe no meu peito. Eu não tenho palavras para expressar o que tô sentindo agora”, disse ela após chegar na capital amazonense, com a esperança do tratamento.
Na quarta-feira, 25, ela contou à Gazeta que o menino deu entrada na UTI com quadro de bronquiolite e pneumonia bacteriana e ficou com o pulmão direito comprometido. Além disso, Gael teve três paradas cardíacas, e está intubado, desde então.
“Ele tem a melhora e tem a piora. A piora vem de uma pneumotórax. Aqui [no Hospital da Criança de Rio Branco], as pediatras não sabem dizer porque ele está tendo esses espasmos, que é quando sai ar e ele incha bastante, e o quadro se agrava, aí veio a sugestão das pediatras do Hospital da Criança de a gente buscar um médico pneumologista pediátrico e aqui não há. Há [profissionais da área que atendem] adultos, mas eles não fazem procedimentos em crianças e o Gael precisa, com urgência, ir para Brasília, que tem um pneumologista pediátrico, mas lá não tem UTI pediátrica disponível e, pra que ele possa ir, ele precisa dessa UTI no Hospital da criança, em Brasilia”, relatou a avó.
“Eu estou vendo meu neto definhando na UTI. Todos sabem que ele é um bebê e necessita, com urgência, até porque o processo de intubação deixa muitas sequelas. Ele já está há quase dois meses intubado. Tentaram fazer a traqueostomia nele, mas ele só aguentou 24h, tiveram que tirar a traqueo dele. Eu me sinto impotente, desesperada, e ele segue lutando. Ele é muito forte. Eu queria fazer tudo por ele, mas eu não posso fazer nada, além de chorar e orar”, finalizou.
Ainda na quarta-feira, 25, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) havia informado que estava acompanhando o caso de Gael e buscava uma vaga para ele em diversos hospitais espalhados pelo Brasil. Foram inúmeras tentativas, até que ele finalmente pode ser aceito por um hospital na capital amazonense.
Veja o momento em que Gael é transferido: