O ator Leonardo diCaprio é conhecido não apenas pelos papéis no cinema, mas também pelo ativismo ambiental. Defende as áreas verdes e os direitos dos indígenas. Na foto, ele está com Juma Xipaia, indígena e ativista da Amazônia.
Na sexta-feira, 29/4, ele postou uma mensagem nas redes sociais incentivando os brasileiros a regularizarem o título de eleitor para votar nas próximas eleições. DiCaprio tem feito alertas sobre as queimadas na Amazônia, cuja repercussão internacional causa impacto negativo à imagem do Brasil. Seu recado não mencionava Bolsonaro:
“Brasil é a casa da Amazônia e outros ecossistemas críticos para a mudança do clima. Votar é a chave para mudar a saúde do planeta”, ele disse, acrescentando o link que incentiva o “maior eleitorado jovem de todos os tempos!”
A resposta de Bolsonaro foi dada também pelas redes sociais, em tom de ironia. E elogiando o ator pelo trabalho no filme “O Regresso”, que lhe valeu o Oscar.
“Obrigado pelo apoio, Leo. É importante que todos os brasileiros votem nas próximas eleições. Nosso povo decidirá se quer manter a soberania na Amazônia ou ser governado por trapaceiros que servem a interesses especiais estrangeiros. Bom trabalho em The Revenant!”
Bolsonaro também “avisou” que a foto de uma queimada na Amazônia apontada por diCaprio como em 2019, na verdade ocorreu em 2003. “Tem gente que quer prender brasileiros que cometem esse tipo de erro em nosso país. Mas sou contra essa ideia tirânica. Então te perdoo. Abraços do Brasil!”, postou.
Brigas à parte, a destruição da Amazônia é uma preocupação em todo o planeta. O Brasil foi líder, em 2021, da devastação de florestas tropicais no mundo. Segundo a organização não governamental Worl Resources Institute, em parceria com a Universidade de Maryland, nos EUA, o Brasil respondeu por 40% do desmatamento no mundo. A instituição aponta uma devastação de 15 mil quilômetros quadrados. O equivalente a 12 cidades do Rio de Janeiro.
A diretora de florestas da entidade no Brasil, Fabíola Zerbini, em entrevista à Folha de SP, disse que, além da perda de biodiversidade, a redução das florestas tropicais tem impacto na emissão de gases estufa.
“Se a Amazônia não for protegida, o mundo não vai atingir a meta de limitar o aquecimento global a 1,5ºC”, afirmou.