Depois do sucesso do espetáculo “Tonha”, monólogo que fala sobre a vida da mulher no seringal, lançado em 2021, a atriz Catarina Cândida, 23 anos, promoverá a “Semana de Tonha”, um novo projeto idealizado pela atriz, que será realizado, no mês de julho, em Rio Branco.
A programação começará com uma festa exclusiva para convidados, pessoas que apoiaram o espetáculo em sua edição 2021. Nesta apresentação, intitulada “O aniversário da Tonha”, Catarina e atores locais irão apresentar uma nova história de Tonha, escrita por ela, em janeiro de 2022, com a colaboração de Elenckey Pimentel, autor e idealizador da campanha “Acreano seja Leitor”.
“Será um espetáculo mais descontraído, com a temática Festa Junina, com o intuito de entreter e alegrar, afinal, estaremos comemorando um ano de estreia de Tonha. Nesta nova obra, o elenco será composto por artistas locais, como Karla Martins, Jocilene Barroso e Lenine Alencar – já confirmados – e pretendo estabelecer uma parceria com um grupo de teatro que admiro muito no Estado, para a integração deste e de futuros projetos”, explicou Catarina, destacando que todo o evento será realizado graças ao apoio de patrocinadores, como Made in Acre, Anglo, Cedimp, Vitória Régia, Acre Aves, Espaço Barracão e Home, entusiastas da arte.
Em seguida, haverá uma apresentação gratuita, no dia 10 de julho, intitulada “Casamento de Tonha”. O local para o evento ainda será definido, no entanto, é certo que será uma localização que permitirá a aproximação do público com os personagens Tonha, Zé, Vó Dina, Painho, entre os demais.
“Com esta apresentação, pretendo me aproximar do público e reforçar o convite para as apresentações de ‘Tonha’ – o espetáculo original. As apresentações do espetáculo central, que marcará o encerramento da programação, serão realizadas nos dias 14,15,16 e 17 de julho, na Usina de Artes João Donato, com bilheteria no valor de R$ 30 (inteira) R$ 15 (meia)”, adianta a artista.
SOBRE TONHA
A atriz Catarina Cândida saiu do Acre para estudar e acabou se reconectando com suas raízes acreanas, em Portugal. Em 2021, estreiou seu monólogo, “Tonha”, para os conterrâneos do coração.
Com texto da própria Catarina e de Pablo Fernando, que também assina a encenação, “Tonha” retrata olhares sobre a vida do nordestino que saiu de sua terra para desbravar a Amazônia, nos seringais. Apesar do extrato da seringa ser função do homem, a montagem foca na vivência e perspectiva da mulher, neste caso, a personagem principal, Tonha. Com tom intimista, o espetáculo foi construído a partir da técnica do teatro físico e com o intuito de contextualizar o panorama social da Amazônia e do Brasil.
“Eu queria mostrar como ela (a mulher) se sentia em sair da sua terra natal e enfrentar esse mundo misterioso que é a Amazônia e com o sonho de ter uma vida melhor”, comenta Catarina, ao explicar o processo de criação do espetáculo, que surgiu no início da pandemia do Covid-19, em 2020.
Além de Tonha, Catarina interpreta mais cinco personagens, em uma abordagem realista, como uma conversa dentro de casa. O projeto é o trabalho de conclusão da formação como atriz pela Evoé-Escola de Actores, de Lisboa, e surgiu quando os alunos foram desafiados a criar trabalhos solos. Após a primeira apresentação no curso, o professor e diretor Pablo Fernando ajudou no processo de aperfeiçoamento e reestruturação da dramaturgia e da montagem como um todo.
Por conta da pandemia, a atriz, que nasceu em Brasília, passou uma temporada no Acre – terra onde passou boa parte da infância e adolescência -, participando das aulas online. Foi neste período que as primeiras ideias de “Tonha” surgiram, com as inspirações da região, de leituras, pesquisas e da minissérie “Amazônia, de Galvez a Chico Mendes”, de Glória Perez.
SOBRE CATARINA CÂNDIDA
Catarina Cândida nasceu em Brasília, mas iniciou sua formação como atriz, aos 11 anos, em Rio Branco, no Acre, na Oficina de Teatro Expressão, em parceria com Cia Garatuja de Artes Cênicas, com as professoras Jocilene Barroso e Núbia Alves. Aos 18 anos, retornou para Brasília, onde expandiu seu aprendizado na escola Cia da Ilusão, ao mesmo tempo que cursava Psicologia, no Instituto UniCEUB.
Aos 19 anos, iniciou o estudos na “Evoé-Escola de Actores”, em Lisboa, Portugal. Para além da sua formação profissional, participou também de vários intercâmbios, com a ajuda da RIEA, realizados na Escola Acción- escena, em Madrid. Concluiu sua formação na “Evoé-Escola de Actores” com o espetáculo solo autoral, “Tonha”, encenado por Pablo Fernando e produzido por Companhia Evoé e Giulia Dal Piaz.