O Ministério da Saúde da Bolívia investiga o primeiro caso suspeito da ‘Varíola dos Macacos’. A informação foi confirmada, nesta quinta-feira, 26, pelas autoridades do país vizinho, que esclareceram que o paciente é um jovem de 26 anos, de Santa Cruz de La Sierra, que teve contato direto com pessoas vindas da Espanha.
Ainda conforme as autoridades bolivianas, no entanto, não será possível fazer um exame para confirmar ou descartar o caso, por isso, será feito um diagnóstico diferencial para descartar outras enfermidades. O paciente tem sintomas similares à doença e está isolado por tempo indeterminado.
À imprensa boliviana, Freddy Armijo, diretor nacional de Epidemiologia do MS, declarou: “Estamos coordenando com a Sede Santa Cruz, desde ontem (quarta-feira), quando este caso suspeito foi detectado, também estamos coordenando com a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) para o manejo desses casos. Ainda não há exame para estabelecer o diagnóstico, mas serão baseados em dados clínicos médicos e epidemiológicos”.
Como a Bolívia é um dos países que faz fronteira com o Brasil, através do Acre, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) informou que está monitorando a situação e que irá tornar público o resultado da análise, considerando a cooperação entre os países e a criação, pelo Ministério da Saúde do Brasil, de uma sala de situação para monitorar casos suspeitos no país.
Sala de situação
A Sala de Situação para monitorar o cenário da varíola dos macacos (monkeypox) no Brasil foi instituída na última segunda-feira, 23, pelo Ministério da Saúde. O objetivo é elaborar um plano de ação para o rastreamento de casos suspeitos e na definição do diagnóstico clínico e laboratorial para a doença.
Até o momento, não há notificação de casos suspeitos da doença no Brasil. Como forma de orientar os gestores, a pasta encaminhou aos estados o Comunicado de Risco sobre a patologia, com orientações aos profissionais de saúde e informações disponíveis até o momento sobre a doença.
A vigilância de doenças com potencial para emergência em saúde pública é monitorada pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional), que atua de forma permanente, detectando informações 24 horas por dia.
A varíola dos macacos é uma doença viral endêmica no continente Africano, com transmissibilidade moderada entre humanos.