O mecânico de voo Jorge da Silva Figueiredo, de 63 anos, um dos sete sobreviventes do acidente envolvendo um helicóptero, no dia 8 de maio, em Cruzeiro do Sul, passou por uma cirurgia reparadora na coluna na última sexta-feira, 27. Com o sucesso da cirurgia, ele voltou a sentir os movimentos dos membros inferiores e está em observação em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A informação foi confirmada pela família de Jorge, que está na expectativa de transferi-lo para sua cidade natal, o Rio de Janeiro, dentro de uma semana. Passado o período de maior tensão e angústia, Daniele Figueiredo, filha de Jorge, diz que, agora, está satisfeita.
“Foi muito boa a cirurgia. Ele está sendo bem atendido e eu espero que seja um passo pra ele voltar pra casa. Tô bem satisfeita agora, depois de tudo o que aconteceu ele tá bem, já com os movimentos das pernas e pronto pra voltar pra casa”, destacou.
A cirugia ocorreu no Pronto-Socorro de Rio Branco – para reparar uma fratura traumática de coluna torácica T1 – onde ele está internado desde o dia 10 de maio, quando foi transferido do interior, devido ao seu delicado estado de saúde. Como apresentava também queimaduras de segundo grau de pequena a média extensão, ele precisava aguardar a cicatrização do ferimento, para então ser submetido à cirurgia na coluna.
Falha no motor
Conforme relatório preliminar do Painel do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), a causa do acidente seria uma possível falha no motor do helicóptero.
Quando o acidente aconteceu, a equipe, que estava à serviço da Fundação Nacional do Índio (Funai) realizava o resgate de dois bebês indígenas que precisavam de atendimento médico. Ao todo, sete pessoas estavam na aeronave: os dois bebês gêmeos de 1 ano e 4 meses, seus pais, o piloto, um técnico de enfermagem e o mecânico, José Figueiredo.