Celebrado neste domingo, 8 de maio, o “Dia das Mães” traz consigo a reflexão sobre o maior desafio enfrentado por qualquer mulher: a maternidade. Um acontecimento que traz consigo mudanças radicais, no corpo e, principalmente, nas emoções; e transforma os planos, os sonhos e o sentido da vida, mesmo diante das dificuldades.
Embora a chegada dos filhos aconteça de forma planejada para muitos casais, muitas vezes, a maternidade surge de forma, totalmente, inesperada, como foi no caso da administradora Ana Karina Freitas, de 48 anos. Ela já era mãe de Lucas, atualmente com 23 anos, e Isabela, 18, quando descobriu um câncer em estágio III e, em pleno tratamento, descobriu estar grávida de Léo, hoje com 5 anos.
“Aos 38 anos, fui diagnosticada com câncer de mama, bilateral, grau 3. Passei pela cirurgia de mastectomia total com reconstrução da mama (colocação da prótese de silicone). Fiz seis meses de quimioterapia, momento doloroso, mas de muito amor, gratidão e fé. Após três anos de tratamento e, com uma menopausa precoce, por conta do tratamento, e acompanhamento médico a cada três meses, tive uma grata surpresa… estava grávida! Isso mesmo, grávida aos 42 anos”, relembra Ana.
Para ela, a descoberta trouxe um misto de medo, incredulidade e, ao mesmo tempo, felicidade. “Nem mesmo o médico oncologista, que me acompanhava, acreditava que eu estivesse grávida. Minha gravidez foi muito tranquila, apesar do medo de que algo acontecesse, até mesmo o reaparecimento da doença”, conta Ana Karina.
“Mas Deus foi tão misericordioso, que me concedeu a graça de dar à luz a um bebê lindo e saudável. Leozinho, hoje com 5 anos, veio como mais um presente de Deus, veio com a certeza da minha cura. Quando, em minhas súplicas a Deus, eu pedia saúde para acompanhar o crescimento dos meus dois filhos, fui ouvida, e Deus me concedeu, além da cura, mais um filho para eu amar e cuidar. A cada manhã, eu agradeço por mais um dia de vida com saúde e por estar ao lado deles”, relata a mãe.
Neste Dia das Mães, Ana diz que a data tem um sabor especial, pois, apesar de a tradição indicar que os filhos devem presentear as mães, para ela, não é clichê dizer que seus filhos são seu maior presente.
“Há 23 anos, sinto a realização de poder vivenciar os dias das mães, sendo uma. E é um prazer inenarrável. Quando se aproxima essa data, meus filhos ficam inquietos, querendo comprar presentes para me agradar, e esquecem que eles são, verdadeiramente, os meus presentes. O trabalho de criar e educar outros seres humanos não é uma tarefa fácil, mas, com toda certeza, vale a pena por poder sentir o amor mais genuíno que existe”, reflete.