No Acre, segundo o Ministério da Saúde, menos de 18% dos idosos e profissionais de saúde, públicos-alvo da campanha, se vacinaram contra a influenza, colocando o Estado como o terceiro colocado nos piores índices de vacinação, perdendo apenas para os Estados do Amapá e Roraima. A vacinação contra a gripe segue até o dia 3 de junho para os grupos prioritários.
O infectologista da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Julival Ribeiro, destaca um dos motivos para a baixa cobertura vacinal.
“Infelizmente, com a chegada da Covid-19, sabemos que houve lockdown e essa problemática toda que estamos vivendo. Portanto, muitas pessoas, quer adultos, quer crianças, não tomaram as vacinas que seriam necessárias.”
A segunda etapa da imunização contra a Influenza começou no dia 2 de maio e segue até 3 de junho, em todos os 50 mil postos de vacinação espalhados pelo país. Segundo a pasta, os idosos e os trabalhadores da saúde que não se vacinaram na primeira etapa serão atendidos na segunda fase.
O objetivo do Ministério da Saúde é imunizar os 77,9 milhões de brasileiros que fazem parte do público-alvo da campanha de vacinação. Para isso, a pasta enviou mais de 80 milhões de doses do imunizante da gripe aos estados e ao Distrito Federal.
“Os vírus da gripe passam por mutações frequentes, por isso, anualmente, a Organização Mundial da Saúde faz uma previsão de quais são os vírus da Influenza que devem circular no inverno, no hemisfério norte e no hemisfério sul, com base em amostras coletadas em vários centros [de saúde] distribuídos em todo o mundo.” afirma o infectologista
O médico ainda explica que o vírus da gripe circula o ano inteiro, mas a maior prevalência da influenza ocorre nos meses do inverno.
“A gripe tem uma sazonalidade e geralmente acontece muito mais durante o período de inverno, quando ocorre maior concentração de pessoas e o vírus pode se espalhar facilmente entre elas, sobretudo em ambientes fechados.”
O imunizante oferecido pelo Ministério da Saúde protege contra três cepas da Influenza: H1N1, H3N2 e B Victoria. Já a vacina oferecida na rede particular é a tetravalente, que protege também contra o subtipo B Yamagata. “Ambas as vacinas são eficazes para prevenir, sobretudo nas pessoas mais vulneráveis, casos graves e mortes”, ressalta.
Confira abaixo a lista do público prioritário
- Crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias) – sarampo e influenza;
- Gestantes e puérperas;
- Povos indígenas;
- Professores;
- Comorbidades;
- Pessoas com deficiência permanente;
- Forças de segurança e salvamento e Forças Armadas;
- Caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
- Trabalhadores portuários;
- Funcionários do sistema prisional;
- Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
- População privada de liberdade.