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‘Meu pai era a pessoa mais prudente possível’; família de Maurício Lisboa pede justiça pela morte do empresário, vítima de ‘racha’ em SC

'Meu pai era a pessoa mais prudente possível'; família de Maurício Lisboa pede justiça pela morte do empresário, vítima de 'racha' em SC
'Meu pai era a pessoa mais prudente possível'; família de Maurício Lisboa pede justiça pela morte do empresário, vítima de 'racha' em SC
Maurício Lisboa morreu após o carro em que ele trafegava com a esposa ser atingido por veículo que praticava racha, em uma das vias mais movimentadas de Florianópolis (Foto: Guarda Municipal de Florianópolis)

“Olhemos sempre e tudo com firmeza na alma”. Esta foi a última mensagem enviada pelo empresário Maurício Lisboa, no grupo de um aplicativo de mensagens de sua família, no dia 19 de maio, horas antes da morte dele em Florianópolis/SC. Agora, cinco dias depois do “racha” que tirou a vida do empresário e quase ceifou também a de sua esposa, a família ainda tenta se conformar com o que aconteceu, mas, acima de tudo, lutar para que seja feita justiça.

À GAZETA, a administradora Natasha Lisboa, 36 anos, uma entre os oito filhos do empresário, conta que era assim, de maneira leve, que ele costumava levar a vida. “No momento do acidente, eles estavam retornando da farmácia, onde iam iam buscar um remédio. Foi um dia leve. A ultima mensagem dele, inclusive, foi sobre ser leve”, relembra ela.

'Meu pai era a pessoa mais prudente possível'; família de Maurício Lisboa pede justiça pela morte do empresário, vítima de 'racha' em SC
Natural de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, Maurício Lisboa deixou oito filhos. Na foto, com a esposa Jaira Lisboa e a filha Natasha (Foto: Arquivo da família)

Maurício Lisboa morreu, vítima de trauma torácico, causado por forte impacto, após o carro em que ele trafegava com a esposa ser atingido por um de três veículos que praticavam racha, na Avenida Beira-Mar Norte, uma das vias mais movimentadas de Florianópolis, cidade onde ele morava há cerca de 13 anos. Após o acidente, o motorista do carro foi preso, em flagrante, e continua detido preventivamente, no entanto, os demais envolvidos ainda não foram presos e sequer identificados, segundo informou a família, nesta terça-feira.

“A polícia ainda está atrás deles…Estamos acompanhando de perto [o desdobramento do inquérito policial]. Queremos que [o motorista que causou a batida] seja, efetivamente, preso e declarado culpado do assassinato de meu pai. O delegado o enquadrou como homicídio culposo duplamente qualificado, e nós esperamos que a justiça seja feita e que o assassino se mantenha preso pelo resto da vida dele”, declara Natasha.

Vítima de um racha, competição automobilística proibida pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o empresário, que era dono do antigo Hotel Imperador Galvez, em Rio Branco, era, no trânsito, o oposto do motorista que tirou a vida dele.

“Meu pai era a pessoa mais prudente possível. Ele viajava o Brasil inteiro de carro e sequer tinha multa e nunca bateu o carro. Brincávamos que ele andava tão devagar que nosso passatempo, quando criança, era ficar somando as placas do carro da frente. Era conhecido por [dirigir] devagar, muito devagar”, lembra a filha.

Para Natasha e os irmãos, agora resta aprender a conviver com a dor do vazio deixado pelo pai. “[Fica] o exemplo. Ele era não somente um excelente pai, mas um exemplo a ser seguido. Era o esteio de todos nós, oito irmãos, bem como também dos seis irmãos dele que ele educou, criou e formou. Sua vida foi de inteira dedicação a sua família. Papai nunca teve luxo algum, sempre foi tudo dedicado aos filhos, ao pai e aos irmãos”, finaliza.

A Missa de 7º dia, pela morte de Maurício Lisboa, será nesta quarta-feira, 25, a partir das 19h, na Catedral Nossa Senhora de Nazaré, em Rio Branco.

 

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