Marina Paz Katriny, 30 anos, foi encontrada morta, na quarta-feira, 18, em uma região de mata na BR-070, em Taguatinga Norte, em Brasília/DF. O corpo dela estava parcialmente carbonizado, mas amigos e familiares conseguiram identificá-la por meio das tatuagens e roupas que vestia.
O crime é apurado pela 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga) e é tratado como homicídio ou feminicídio. De acordo com moradoras do local, a vítima foi localizada por um homem que passeava com o cachorro da família, quando o animal deu o alerta ao farejar o corpo.
Marina Paz era natural de Rio Branco/AC, mas morava no Distrito Federal, desde 2016, com uma tia. Embora tenha sido identificada pela família e amigos, a Polícia Civil do DF ainda aguarda laudo da perícia para confirmar oficialmente a identidade da vítima.
Conforme o portal Correio Braziliense, o namorado da vítima era ciumento, e o casal, que brigava com frequência, terminava e voltava constantemente. Um amigo próximo de Marina, que não quis se identificar, falou que uma amiga mais próxima da mulher ligou e disse “mataram a Mari”, e outro amigo foi ao IML reconhecer o corpo.
Ele conta que, quando viu as fotos das tatuagens, confirmou que se tratava de Marina. Ele afirma que estava afastado da amiga, que pretendia ser mãe. “Cheguei a ver eles umas duas ou três vezes, e depois ela ficou sumida”, relembra.
Histórico de agressões
Outro amigo de Marina, que também quis manter a identidade em sigilo, relata que aconselhava a mulher a se afastar de pessoas que ela achava serem amigas. “Pedi para ela ser mais seletiva em relação às pessoas, principalmente no relacionamento, porque ela teve um ex que batia nela e ela aturou dois anos”, expõe.
Ele acrescenta que ela queria ser mãe. “Ela brincava comigo que estava na hora, porque chegou aos 30”, afirma. Ele assegura que quando Marina começou a namorar, ela se afastou. “Dói tanto saber dessa notícia”, lamenta.
Amiga de Marina, Naya Oliver fez uma postagem em que lamentou a morte da mulher. “Que tristeza, que impotência, que desespero! Pergunto por que, mas ninguém sabe responder”, diz um trecho.
Naya diz que tenta aceitar o impossível, “mas o meu coração se recusa a conceber a ideia de que não voltarei a ver seu sorriso, escutar sua voz, abraçar você”, emociona-se. A amiga comenta que Marina partiu cedo demais e tão de repente. “Seria sempre cedo demais, mas agora sinto que ficou tanto por dizer, tanto por fazer, tanto por viver”, afirma.
“Vou sentir e até lá honrarei sua memória e toda a história que construímos. Descanse em paz, minha querida amiga. Até sempre!”, conclui a amiga da vítima.
Pelas redes sociais, uma das irmãs dela lamentou a morte da “caçulinha”. “Pai recebe minha irmã. Queria estar fazendo dedicatória de aniversário”, escreveu (veja abaixo).
Família faz campanha
Com o desejo de que Marina seja enterrada em sua terra natal, familiares e amigos realizam uma campanha para arrecadar recursos visando o custeio das despesas do translado. A meta, segundo amigos, é arrecadar R$ 8 mil e as doações podem ser feitas em nome da mãe da vítima, Maria de Nazaré Paz da Silva Santos, por meio da chave PIX 13844415220.