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Ex-prefeita de Rio Branco Socorro Neri é ouvida na CPI do Transporte Público

Foi realizada nesta terça-feira, 24, a 7ª reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura a crise no Transporte Público da capital, na Câmara Municipal de Rio Branco. A ex-prefeita de Rio Branco e atual secretária de Educação do Estado, Socorro Neri, foi a 10ª pessoa a ser ouvida.

Neri foi vice do então prefeito Marcus Alexandre no período de 2017 a abril de 2018, assumindo a prefeitura no dia 6 de abril de 2018, quando Marcus Alexandre decidiu disputar as eleições para o cargo de governador. Ela ocupou o cargo até dezembro de 2020 e no mesmo ano, concorreu à reeleição, mas perdeu para o atual prefeito da capital, Tião Bocalom.

Durante a oitiva, a ex-prefeita respondeu perguntas da presidente da comissão, vereadora Michelle Melo, do vereador e vice-presidente da CPI, Fábio Araújo, além do vereador Emerson Jarude. Ela foi questionada se tinha conhecimento, à época em que era gestora, sobre as condições de operação das empresas e também sobre as ações adotadas pela prefeitura diante da má prestação dos serviços.

Neri alegou que a prefeitura, por meio da RBTrans, cumpriu com todas as obrigações possíveis e destacou que as informações sobre a situação do transporte coletivo eram discutidas e os representantes tentavam encontrar soluções para melhorar o serviço.

“O serviço estava caminhando, estávamos implantado um sistema melhor, com a implantação do Terminal [de Integração] da Ufac. Em março, já com previsão de instalar em 2020 mais duas linhas troncais, estourou a pandemia e não tinha como fazer qualquer aspecto da vida pública sem considerar a pandemia. As empresas já vinham apresentando um desequilíbrio financeiro por razões de dificuldades, houve um decréscimo no número de passageiros que antes circulavam”, explicou Néri.

Nesta terça-feira, 24, a ex-gestora municipal participou da 7ª reunião da CPI que apura a crise no sistema de transporte coletivo da capital (Foto: Cedida)

O vereador Emerson Jarude questionou a ex-prefeita quais as medidas foram tomadas no que diz respeito à penalização das empresas que descumpriam cláusulas contratuais.

“Foram feitas diversas notificações a cada problema apresentado, mas não nos davam a segurança para rescisão dos contratos. Havia o entendimento de que devíamos fazer todo esforço para manter o serviço, a medida em que considerávamos essencial para a população. Não é fácil fazer uma nova licitação para isso, acompanhamos um processo de licitação em Porto Velho, discutíamos as dificuldades do transporte coletivo e identificamos que não era só aqui que havia essas dificuldades”, justificou.

Além da ex-prefeita, os vereadores já ouviram os também ex-prefeitos Raimundo Angelim, no dia 19 de abril e Marcus Alexandre – ouvido no dia 22 de fevereiro; o presidente do Sindicol Aluízio Abate – ouvido dia 22 de março; o ex- superintendente da RBTrans Gabriel Forneck – ouvido dia 29 de março; o diretor de Transporte da RBTrans, Clendes Vilas Boas – ouvido dia 5 de abril; o ex- superintendente da RBTrans Nélio Anastácio – ouvido dia 5 de abril; o superintende da RBTrans, Anízio Cláudio Alcântara – ouvido dia 19 de abril, além do diretor de Transportes da RBTrans, Clendes Vilas Boas, e o ex-superintendente da pasta Nélio Anastácio – ouvidos no dia 17 de maio.

No próximo dia 26, os vereadores devem ouvir a ex-superintendente da RBTrans, Sawava Carvalho, que assumiu a gestão em 2020.

Assista:

7ª Reunião da CPI do Transporte Coletivo da 2ª Sessão Legislativa da 15ª Legislatura - 24/05/2022
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