“Dançando e brincando de ser governador”. Foi com essas palavras, que o vice-governador do Estado, Major Wherles Rocha (MDB), se referiu a Gladson Cameli (Progressistas), iniciando um texto, nas redes sociais, após o episódio protagonizado pelo chefe do Executivo, que ‘quebrou’ o protocolo, durante a entrega da obra de revitalização do 2° Batalhão da Polícia Militar do Acre, no bairro 6 de Agosto, na manhã de quinta-feira, 26, para “conversar” com um calango.
“O Acre enfrenta sérios problemas com filas intermináveis de cirurgias eletivas, com falta de medicamentos e insumos na rede pública de saúde, com desemprego astronômico e com mais da metade da população acreana vivendo com os programas de transferência de renda do Governo Federal, com produtores rurais abandonados sem ramais, assistência técnica e apoio, com a violência tomando conta das nossas cidades e os policiais e demais servidores públicos desvalorizados”, enfatizou Rocha em sua publicação.
O vice-governador também voltou a comentar que as empresas de Manaus estão ganhando quase todos os contratos públicos e levando o dinheiro dos acreanos para o Amazonas, com a “corrupção generalizada nos órgãos públicos” e até mesmo com o chefe do Executivo sendo investigado por suspeita, segundo a Polícia Federal, de desviar mais de R$ 828 milhões da Saúde e Educação. “Com todas essas situações graves,o governador não perde a oportunidade de dançar e fazer muganga”, pontuou Rocha.
O vice-governador finalizou a postagem ressaltando que, ao invés de dancinhas de aplicativos, o governador deveria melhorar os ramais para os pequenos produtores escoarem sua produção; melhorar a qualidade da merenda escolar, que segundo Rocha, foi alvo de operações policiais por suspeitas de fraudes. “Enquanto o governador faz dancinha, quem dança mesmo é a população que se encontra sem saúde, sem segurança, sem educação e sem emprego. Ao invés de responder esses e outros questionamentos da população, o governador prefere falar com os calangos”, finalizou Rocha.