O ex-prefeito de Rio Branco Raimundo Angelim foi ouvido, na tarde desta terça-feira, 3, pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Rio Branco, que fiscaliza o setor de transporte público da capital acreana.
Angelim prestou esclarecimentos a respeito do funcionamento do sistema público da Capital, enquanto ele exercia seu mandato de prefeito, entre os anos de 2004 a 2012.
No depoimento, o ex-prefeito declarou que, durante a sua gestão, não ocorreram irregularidades, além de ressaltar que não houve contratação de novas empresas.
“Houve sim, uma ‘briga’ judicial para que as empresas que estavam operando, na época, cumprissem com as cláusulas contratuais. Quando assumi, dia 1º de janeiro de 2005, com 40 dias, a gente percebeu que eles, os empresários, não estavam cumprindo com nada do que estava no contrato, e o consórcio foi notificado da necessidade de cumprir as cláusulas contratuais. Depois de cinco meses, percebemos que continuavam postergando e alegavam prejuízos”.
O ex-prefeito enfatizou que foi encaminhado, então, ofício notificando as empresas.
“Nesse período, fizemos reunião com os donos das empresas. Disse a eles que, apesar de não ter contratado seus serviços, eles teriam que cumprir o acordo e que ia judicializar. Os empresários não acreditaram e continuaram a não cumprir o acordo. Pagamento de outorga, implantação da bilhetagem eletrônica, centro de controle operacional, e idade da frota foram alguns pedidos protocolados no Juizado da Fazenda Pública”.
Ele concluiu sua fala dizendo que, após protocolar ação, os donos das empresas quiseram dialogar.
” Falei que não iria retirar a acusação. Foi quando eles entraram com advogado, foram na Justiça com aquela história de que iam falir, porque disseram que fomos muito agressivos no pedido. Me reuni com todos eles e propuseram se podiam assinar um TAC (Termo de Ajuste de Conduta), no qual se comprometiam a cumprir quase todas as nossas as exigências da ação ordinária. Conseguimos implantar na nossa gestão a bilhetagem eletrônica, que facilitou o troco, e isso deu maior transparência no número de usuários”, conclui Angelim, que compõe a lista de ex-prefeitos e ex-gestores que foram convocados para prestar esclarecimentos sobre a crise no sistema de transporte em Rio Branco.