Há 20 anos trabalhando como profissional do samba, o músico acreano Anderson Liguth, 36 anos, lançou no último fim de semana a sua primeira canção autoral: “De Saudade Se Faz Um Samba”. O hit está disponível em várias plataformas digitais de música.
“Vejo esse samba como um retrato resumido das referências que trilham o meu caminho, no qual também se cruza o encontro na palma da mão e onde também há espaço de referência do Paó, que é o despertar desse sagrado que habita no samba que busco e cultivo”, explica Liguth.
A canção “De Saudade Se Faz Um Samba” é uma parceria de Anderson com a esposa Julie Messias e o amigo Alexandre Nunes. A música conta com a produção musical de Lucas Macedo e foi gravada no Estúdio RB, com a edição de José Rislei.
“Esse samba nasceu num encontro feliz e festivo familiar, na casa de um amigo que também é uma referência boa que tenho, Alexandre Nunes. Ele tem uma sensibilidade criativa e captou a melodia do samba, a Julie, que é minha esposa, também com esse tino, somou com a construção e eu juntos nesse processo criativo, e assim o samba nasceu”, conta Liguth.
De pai para filho
Foi do pai Edizio Patuá que o sambista acreano herdou o amor pela música. “Ele me levava nas rodas de samba da Mangabeira. Eu deveria ter entre 7 e 8 anos. Nesse trajeto fui tendo contato com os instrumentos musicais, especialmente, aqueles que constituem uma roda de samba: pandeiro, que é meu instrumento de oficio, o surdo, tantan, ganzá, cavaquinho, banjo, entre outros”, relembrou.
Anderson começou a tocar nas noites acreanas aos 16 anos, poucos anos depois ingressou no projeto Som da Madeira, no qual aprendeu e estudou com o músico Antônio Carlos. “Lá tive muita vivência de música brasileira (samba, choro, baião) e, praticamente, no mesmo período entrei para o grupo Roda de Samba”, destacou.
Anderson Liguth é um artista reconhecido no estado e já teve a oportunidade acompanhar outros artistas de renome nacional do samba, como Jamelão, Arlindo Cruz e Dudu Nobre. Em 2015, o músico ganhou o Festival de Sons da Cidade com a interpretação do samba “Alma Aprendiz”, de Antônio Carlos e Claudio Roberto.