Buscando se antecipar aos possíveis casos, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) instalou no Hospital de Urgência Emergência de Rio Branco (Huerb) nesta quarta-feira, 22, uma sala com três eleitos de retaguarda clínicos para atender os pacientes de casos suspeitos de contrair a varíola dos macacos (monkeypox).
A Rede de Urgência e Emergência (RUE) é quem está organizando os pontos de atenção, a partir de novos fluxos (clínicos, laboratoriais e farmacêuticos) e estruturais para receber os casos suspeitos e realizar a adequada condução clínica. Além do Pronto Socorro, também serão instalados fluxos de entrada de pacientes para casos suspeitos monkeypox nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). As ações compõe as estratégias definidas no plano de contingência da Sesacre.
Toda a equipe assistencial multidisciplinar dos leitos de retaguarda estão passando por treinamento para que realizem suas ações dentro dos parâmetros de biossegurança.
“Caso algum paciente necessite de internação, os leitos já estão prontos e preparados para quem precisar. A equipe está recebendo treinamento durante esta semana e a outra para fazer o manejo clínico desses casos”, explicou o coordenador estadual da Rede de Urgência e emergência, Edvan Meneses.
Os leitos de retaguarda são específicos aos pacientes com suspeita de monkeypox (varíola dos macacos). “A gente enfatiza novamente que os casos graves serão atendidos no Pronto Socorro e os casos de média complexidade, na UPA. Hoje nós temos leitos de retaguarda no Pronto Socorro. Se a pessoa for na UPA, ela será atendida, fará todos os exames necessários e, dependendo do quadro clínico, ela será encaminhada ou vai receber alta para ficar em isolamento em casa. Como ocorre com a maioria dos casos”, frisou o coordenador.
Mais sobre o assunto
No Acre, um paciente que teve contato com pessoas vindas do exterior, deu entrada no Pronto Atendimento da Unimed no dia 13 de junho, queixando-se de febre, adenomegalia e erupção cutânea. A Secretaria de Estado de Saúde do Acre informou, na terça-feira, 21, que o Laboratório Central (Lacen) do Acre já realizou as análises iniciais do caso suspeito de contaminação pela varíola dos macacos, em Rio Branco, para doenças cujos sintomas sejam similares, como sarampo, rubéola, sífilis, herpes, dengue, zika e chikungunya. O protocolo é orientado pelo Ministério da Saúde (MS) e adotado também por outros países, como foi o caso da Bolívia.
O resultado das análises, no entanto, foi negativo para todas as doenças, de acordo com o Lacen. Portanto, as amostras serão enviadas para o laboratório de referência – Lacen/Minas Gerais – para ser submetido ao sequenciamento genético específico da monkeypox, a varíola dos macacos.