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Sobe para 10 número de crianças mortas em decorrência de Síndrome Respiratória no Acre

Uma menina com apenas um ano de vida morreu na segunda-feira, 13, em Rio Branco, vítima de síndrome respiratória. Esta é a 10ª vítima fatal do surto no Acre, em menos de dois meses.

A causa da morte, segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), foi choque séptico refratário por pneumonia. A menina deu entrada no pronto-socorro de Rio Branco ainda no dia 13 e foi transferida para o Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Acre (Into-AC), mas já chegou em parada cardiorespitarória e não resistiu.

“Crianças faleceram por negligência”, diz mãe

Nesta terça-feira, 14, a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) realizou uma audiência pública para ouvir as mães das 9 crianças vítimas da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Acre.

Joelma Dantas, mãe do pequeno Théo, que faleceu na semana passada, no Hospital de Urgência e Emergência (Huerb), por conta da SRAG, declarou que  os gestores da Saúde, no Acre, são “assassinos”.

“Eu não vou ver meu filho crescer! Eu tinha muitos sonhos. Cobrem da senhora Paula Mariano. Porque a mulher não foi exonerada?! Não posso falar da negligência dos médicos, porque eles fizeram o possível e o impossível pelo meu filho. É desumano o que estão fazendo com os nossos filhos”, disse ela.

Queda de temperatura é favorável ao vírus, alerta Ministério da Saúde

Conforme o Ministério da Saúde (MS), a queda de temperatura, em várias regiões do Brasil, é favorável para a proliferação do vírus sincicial respiratório (VSR), que pode causar infecções nas vias respiratórias, principalmente em crianças menores de cinco anos. Por isso, o Ministério da Saúde alerta para prevenção e o diagnóstico precoce para evitar casos graves.

O VSR é uma das principais causas de infecções das vias respiratórias e pulmões em recém-nascidos e crianças pequenas, que podem causar bronquiolite e pneumonia. O período de sazonalidade do vírus normalmente tem início em maio e se estende até o mês de setembro, podendo se alongar em algumas regiões.

Entre janeiro e abril de 2022, foram notificados no sistema do Ministério da Saúde cerca de 3,6 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causados pelo vírus sincicial. A maior parte dos casos ocorreu em crianças menores de 4 anos de idade.

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