A Delegacia de Polícia Federal de Cruzeiro do Sul/AC deflagrou, na manhã desta sexta-feira, 24, a Operação Atlântida, de combate a um suposto esquema de fraudes em licitações e desvios de recursos públicos. Conforme a PF, 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios acreanos de Cruzeiro do Sul e Rio Branco, além de João Pessoa/PB.
A PF esclareceu que a investigação teve início em meados de 2018, para apurar uma suposta associação de construtoras com o objetivo de frustrar, mediante ajuste e combinação de propostas, o caráter competitivo de licitações, no âmbito da Prefeitura Municipal de Cruzeiro do Sul/AC.
A ação criminosa teria a participação de agentes públicos e empresários, inclusive com a utilização de empresas de “fachada” para burlar o processo licitatório, em contratos que envolvem obras de engenharia como pavimentação asfáltica de ramais e implantação de complexo esportivo na cidade de Cruzeiro do Sul. O prejuízo estimado é de aproximadamente R$ 5 milhões aos cofres públicos.
Ainda segundo a PF, a a apuração deve continuar, com intuito de esclarecer qual a realm dimensão dos supostos crimes que, até o momento, foram capitulados como crime tipificado no Art.90 da Lei nº 8.666/93, sem prejuízo de outros crimes eventualmente desnudados no curso da investigação criminal.
Nome da operação
A origem do nome da operação faz referência a uma ilha habitada pelos atlantes, descendentes de Atlas, filho de Poseidon.
Segundo as notas de Sólon, Atlântida era uma cidade esplendorosa, com arquitetura monumental e engenharia avançada, era uma nação próspera até que a corrupção dos descendentes de Atlas os conduziu à desobediência das leis fundamentais de Poseidon, motivo pelo qual mereceram o castigo de Zeus, que a fez submergir no oceano. Qualquer que seja a versão da lenda, Atlântida foi sempre considerada como símbolo da Idade de Ouro e a corrupção praticada pelos descendentes de Atlas foi punida severamente.