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‘Parem de nos matar’, diz Movimento de Mulheres do Acre em repúdio ao feminicídio de jovem de 19 anos

'Parem de nos matar', diz Movimento de Mulheres do Acre em repúdio ao feminicídio de jovem de 19 anos

Há quatro anos, o Acre lidera o ranking dos estados com mais registros de feminicídios, proporcionalmente, no Brasil. O mais recente ocorreu no Dia dos Namorados, 12 de junho, em Rio Branco. Enlutadas com o assassinato da jovem Ingrid da Silva, 19 anos, que foi morta com um tiro na cabeça, o Instituto Mulheres da Amazônia (IMA) emitiu nota de repúdio na noite desta segunda-feira, 13.

“Em menos de uma semana da audiência Pública no Acre recebemos a triste notícia de mais uma mulher que perdemos para o feminicídio. Um crime de ódio, em que o homem não aceita o fim do relacionamento e se sente como dono, proprietário da mulher. Somos livres! Nos queremos vivas!”, dizem as ativistas em nota.

A audiência mencionada na nota se refere ao debate promovido na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na última quarta-feira, 8, que abordou a temática de violência sofrida pelas mulheres. A proposta foi solicitada pelo Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim) e pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Acre (OAB/AC).

'Parem de nos matar', diz Movimento de Mulheres do Acre em repúdio ao feminicídio de jovem de 19 anos
As mulheres denunciaram a falta de políticas públicas durante a audiência (Foto: Sérgio Vale)

Para o Movimento de Mulheres, “os feminicídios no Acre são consequências das ausências de políticas públicas de um Estado Feminicída”.

“São diversas omissões na implementação e efetivação de ações como o funcionamento da DEAM 24h, sete dias na semana e localizada em uma área central. Ausência de um Plano Estadual de Enfrentamento ao Feminicídio. Precisamos urgente mudar essa realidade e uma ação assertiva por parte dos poderes públicos, do executivo e legislativo. Não podemos aceitar mais essa omissão do governo! Não podemos aceitar mais a ausência de políticas públicas para as mulheres! Parem de nos matar”, reivindica o IMA.

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